O educador e gestor Gustavo Jinkings surpreendeu o público no segundo dia do Amazon IA Summit 2025, (2/12), ao apresentar um panorama direto e prático sobre como a inteligência artificial está redefinindo a gestão escolar no Brasil. Da automatização de processos burocráticos à análise rápida de dados acadêmicos, Jinkings mostrou que o futuro das escolas passa pela tecnologia e que essa transformação já começou.
Logo no início da palestra, o gestor reforçou um ponto recorrente entre os especialistas do evento: a adoção da IA precisa partir da liderança.
“A inteligência artificial tem que vir de cima para baixo. É a direção que precisa puxar o movimento”, afirmou.
Para ele, os avanços só ganham força quando diretores e coordenadores compreendem como as ferramentas podem resolver dores reais dos professores e da equipe administrativa.
Entre os exemplos apresentados, Jinkings destacou um caso emblemático: a organização de observações pedagógicas, que antes levava quatro dias inteiros para ser concluída.
Com o apoio de um assistente de IA, o processo passou a levar apenas 30 minutos.

“Ainda parece mágica”, brincou, ressaltando que a economia de tempo permite que docentes e gestores foquem no que realmente importa: o desenvolvimento dos alunos.
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O palestrante contou ainda como usou IA para automatizar tarefas complexas, como baixar dados acadêmicos, estruturar planilhas, gerar artigos e até extrair informações específicas de históricos escolares. Processos que consumiam horas passaram a ser feitos em 20 minutos.
“Aprendi a usar automações, aprendi a usar o ‘OX’. Hoje tenho assistentes pessoais que eu nunca imaginei ter”, destacou.
Além da eficiência, Jinkings enfatizou que a IA tem um papel fundamental no estímulo à curiosidade, competência essencial na formação de estudantes e profissionais do futuro. Ele lembrou que muitos alunos já aprendem no YouTube a operar ferramentas digitais e defendeu que as escolas precisam acompanhar esse ritmo.
O educador encerrou a apresentação reforçando que a tecnologia não substitui a sensibilidade humana, mas amplia a capacidade de decisão das equipes escolares.
“A IA veio para nos apoiar, para liberar tempo e permitir que a gente se concentre no que é estratégico”, afirmou.
A escola inteligente não é a que tem apenas tecnologia, mas a que usa a IA para devolver tempo, autonomia e qualidade ao processo educativo.