
A Petrobras comunicou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que gastará aproximadamente R$ 842,4 milhões para furar o primeiro poço na Foz do Amazonas, na chamada Margem Equatorial, um dos projetos que mais gera polêmicas ambientais no momento.
O valor estimado pela petroleira está dividido em:
- Valor de referência: R$ 793,3 milhões;
- Planos, programas e projetos de mitigação de impactos: R$ 46,7 milhões;
- Garantias, apólices e seguros relacionados aos equipamentos de resposta a emergência em nível internacional: R$ 2 milhões;
- Licenciamento ambiental: R$ 379 mil.
O valor de referência é composto pelos custos totais de implantação da atividade, descontados os outros itens listados. Além disso, financiamentos, e tarifas e impostos sobre operações bancárias, garantias e cauções não entram nos R$ 842,2 milhões, assim como garantias, apólices e prêmios de seguros de equipamentos e atividades relacionados a fornecedores.
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Custo estourado desde o início do projeto
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que a Petrobras já gastou, desde 2022, mais de R$ 1 bilhão, somente com atividades relacionadas ao licenciamento ambiental, sendo R$ 543 milhões com aluguel da sonda de perfuração, R$ 327 milhões com embarcações e R$ 142 milhões com serviços aéreos, informou a entidade sindical.
A FUP argumenta que os atrasos no licenciamento ambiental pelo Ibama tem imposto custos crescentes à estatal. Após a realização de uma Avaliação Pré-Operacional, em setembro, a expectativa era de que a licença para perfurar o primeiro poço de uma série de oito na região fosse concedida no início de outubro.
O contrato de aluguel da sonda de perfuração ODN II, firmado pela Petrobras com a Foresea, vence na próxima terça-feira (21), destacou a FUP. Pelo contrato atual, a estatal paga R$ 4 milhões por dia pela sonda
Nesta semana, a petroleira se reuniu com o instituto e disse que todos os esclarecimentos técnicos sobre o processo de licenciamento do bloco FZA-M-59 foram prestados.
“A Petrobras segue confiante que a licença de operação será emitida em breve, como resultado do trabalho conjunto da companhia e do Ibama”, disse a estatal em nota.