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Kaleb Aguiar e André Diniz assinam samba para disputa interna da Presidente Vargas 2026

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Kaleb Aguiar e André Diniz assinam samba para disputa interna da Presidente Vargas 2026
Escola de Samba Presidente Vargas no Carnaval 2025 (Foto: Sec-AM)

O carnavalesco Kaleb Aguiar firmou parceria com o consagrado compositor André Diniz, maior campeão da Vila Isabel e vencedor de diversos Estandartes de Ouro, para a criação de um samba que promete emocionar o público na disputa interna da Escola de Samba Presidente Vargas. A apresentação acontece no dia 10 de outubro de 2025, no Almirante Hall, e definirá o hino oficial da agremiação para o Carnaval 2026.

Com o enredo “Com Uma Flecha e Um Sonho: Isabelle Nogueira, a Força da Mulher Amazônica”, a Presidente Vargas marca seu retorno ao desfile principal do carnaval manauara. O tributo celebra a trajetória da artista amazonense Isabelle Nogueira, exaltada como símbolo da força feminina da floresta, representante de resistência, ancestralidade e conquista.

A obra conduzida por Aguiar e Diniz traz forte carga poética, evocando elementos da natureza, das tradições indígenas e da espiritualidade amazônica. O refrão já surge como destaque entre os torcedores da escola:

“Salve Isabelle Nogueira,
flechada certeira no peito da gente.”

A expectativa é que a união entre André Diniz, figura do samba carioca e Kaleb Aguiar, referência do carnaval amazonense, resulte em uma composição marcante para a escola de samba.

Ouça a composição:

Veja a letra da composição abaixo:

[Introdução]
MÃE AMAZÔNIA
Misterioso ventre da floresta
Colo verdejante, coniupuyaras
Senhoras das raízes e memórias
Amuletos e histórias
De contos e encantes

Arco e flecha
Força e sentinelas
Herança ancestral
Guardiãs do Éden tropical

Das lendas que margeiam esse rio-mar
Que entrelaça espíritos e crenças feito artesã
Repousa entre as fibras do curauá, buriti
Na palha de arumã

[Refrão 1]
Sons encantadores
A natureza soprou
O conhecimento milenar
Flautas e tambores
Foi Deus Tupã que pintou
A pele nativa e as penas do cocar

[Segunda Parte]
Pelos paranás, várzeas e beiradões
Aos olhares de seus curumins
Fios e costumes se trançam no teçume
Brilham à essência dos Parintintins

Surge na clareira uma arena
E numa só pulsação não há rivalidade ou divisão
Com Isa-a-bela, brilhando na tela pra gente espiar
Mística, a cunhã poranga é luz do Boi-Bumbá

O Amazonas nunca mais será o mesmo
A Águia traz a Bela pra dançar

[Refrão 2]
Rufa tambor, bumba aí no tambor ôôô
A pele vermelha, faceira e valente
Salve Isabelle Nogueira
Flechada certeira no peito da gente