A onça-pintada que foi resgatada nas águas do rio Negro em Manaus foi devolvida à natureza no dia 10 de novembro, após mais de um mês de reabilitação no Zoológico do Tropical Hotel Amazônia. O animal comoveu o mundo ao ser resgatado nadando no rio, com 30 estilhaços de projéteis pelo corpo.
O felino é um macho jovem, com cerca de dois anos e 58 quilos. Em 5 de novembro o animal recebeu uma coleira de monitoramento via satélite, última etapa do processo de reabilitação.
O equipamento registra a posição da onça a cada hora, permitindo aos especialistas acompanhar seus deslocamentos, comportamento de caça e adaptação ao habitat natural, além de contribuir para pesquisas científicas. A coleira possui bateria que pode durar de dois a três anos.
A soltura da onça foi feita em etapas. Ela foi colocada em um caixote no Zoológico do Tropical, levada de carro pela Secretaria de Proteção Animal até o Departamento Integrado de Operações Aéreas do Amazonas (Dioa), onde foi embarcada em um helicóptero com destino a Novo Airão, no interior do Amazonas.
Ao chegar em Novo Airão, o caixote foi transferido para uma lancha que seguiu até uma comunidade mata adentro, local escolhido para a soltura.
Leia mais:
O canto do Uirapuru: entre a beleza da natureza e a força da lenda amazônica
Reabilitação da onça
O animal foi encontrado pelos biólogos com lesões provocadas pelos estilhaços na região da bochecha e da orelha direita. Nos primeiros dias de tratamento o animal tinha dificuldade para movimentar o lado direito da boca, mas posteriormente recuperou a dentição e a agilidade facial.
As lesões cicatrizaram e o felino apresentou recuperação completa da sua visão e musculatura facial. A onça também demonstrou comportamentos típicos de um felino selvagem, como escavar o solo, arranhar madeiras e reagir com instinto de defesa, mostrando que estava pronto para voltar à natureza.
*Com informações de G1