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Caso Marielle: Assassino confesso da vereadora será transferido para a Papuda

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Caso Marielle: Assassino confesso da vereadora será transferido para a Papuda
Ex-policial militar é assassino confesso da vereadora do Rio de Janeiro e cumpre prisão no interior de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Ronnie Lessa, condenado pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, será transferido de São Paulo para o Complexo da Papuda, em Brasília. Ele, atualmente, está na “P1” em Tremembé, no interior paulista.

A defesa de Lessa pediu há um ano e meio transferência de presídio e argumentou que o preso estava isolado e com privação de alimentação. A ideia inicial era ir para a “P2”, a Penitenciária II Dr. José Augusto Salgado de Tremembé, conhecida como “presídio dos famosos”.

No entanto, vistoria feita pela PF (Polícia Federal) e PGR (Procuradoria-Geral da República) constatou que o local não comportava o acordo de delação premiada que Lessa fez com as autoridades para informar os mandantes do crime.

Uma condição de Lessa para delatar os mandantes foi sair do presídio federal onde estava, em Campo Grande (MS), e ir a um presídio estadual mais perto da família, que mora no Rio de Janeiro.

Sem a condição de mudar de presídio em São Paulo, o advogado Saulo Carvalho pediu a transferência para a Papuda, em Brasília, que tem área de vulneráveis e ex-policiais militares condenados.

A transferência foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, mas ainda não tem data para ocorrer.

A Papuda já abriga outro condenado do caso Marielle: Élcio de Queiroz, que delatou Ronnie Lessa. Queiroz foi o primeiro a colaborar com a PF no caso e conseguiu benefícios. Os dois foram condenados como cúmplices do duplo assassinato.


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Relembre o caso

Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros em 2018 na capital carioca. De acordo com a PF, a execução da vereadora teria sido motivada em razão da discussão a respeito de grilagem de terras na zona Oeste do Rio de Janeiro.

Ronnie Lessa, ex-policial, foi apontado como autor dos homicídios e confessou. Ele e Élcio disseram que cometeram os crimes a mando dos irmãos Brazão, Chiquinho (ex-deputado) e Domingos, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ambos estão presos.

*Com informações de CNN Brasil