O Itaú Unibanco desligou nesta segunda-feira (8/9) cerca de mil funcionários que atuavam em regime remoto ou híbrido, segundo informou o Sindicato dos Bancários. Os desligamentos ocorreram sem aviso prévio, gerando críticas da entidade sobre a forma como a medida foi conduzida.
Em nota enviada ao site g1, o banco explicou que as demissões aconteceram após uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. De acordo com a instituição, em alguns casos, o padrão de atividades registrado nas plataformas não correspondia ao registro de ponto, o que indicaria inconsistências nas horas efetivamente trabalhadas.
“O banco identificou padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis. Essas decisões fazem parte de um processo de gestão responsável, voltado a preservar a cultura do Itaú e a relação de confiança com clientes e colaboradores”, afirmou a instituição.
O sindicato criticou os critérios usados para justificar os desligamentos, como períodos de inatividade de quatro horas ou mais nas máquinas corporativas, apontando que não levam em consideração a complexidade do trabalho, possíveis falhas técnicas, sobrecarga ou questões de saúde dos funcionários. Maikon Azzi, diretor do sindicato, afirmou que os trabalhadores não tiveram oportunidade de se manifestar ou corrigir eventuais falhas antes da demissão.
A entidade informou que já entrou em contato com o banco para pedir esclarecimentos e deve buscar a reposição das vagas.