O Ministério da Saúde determinou nesta terça-feira (30/9) que todos os profissionais de saúde no país notifiquem imediatamente ao Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) sobre qualquer suspeita de intoxicação por metanol. A medida foi anunciada pelo ministro Alexandre Padilha, diante da situação considerada atípica registrada em São Paulo, onde já há seis casos confirmados, dez em investigação e três mortes.
Entre agosto e setembro, o estado notificou 17 ocorrências de possível intoxicação, número muito acima da média nacional, que costuma registrar cerca de 20 casos por ano. Segundo Padilha, a gravidade do cenário levou à entrada da Polícia Federal nas investigações, já que há suspeita de envolvimento de uma organização criminosa na adulteração de bebidas alcoólicas.
O ministério também anunciou a publicação de uma nota técnica para orientar profissionais de saúde sobre os sinais clínicos da intoxicação por metanol e sobre o uso adequado dos antídotos disponíveis.
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Além disso, foi reforçada a importância de que hospitais e unidades de atendimento sigam o protocolo de notificação de casos de intoxicação exógena previsto no Guia de Vigilância em Saúde.
Atualmente, o Brasil conta com 32 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), nove deles em São Paulo, responsáveis por apoiar o diagnóstico, o manejo de intoxicações e a toxicovigilância.
A população foi orientada a evitar o consumo de bebidas sem rótulo, lacre ou selo fiscal, e a procurar imediatamente atendimento médico em caso de sintomas como dor abdominal, alterações visuais, confusão mental e náuseas, que podem aparecer entre 12 e 24 horas após a ingestão da substância.