
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou suspender negócios com a China envolvendo óleo de cozinha e outros produtos comerciais. A declaração foi feita nesta quarta-feira (14/10) como resposta à decisão de Pequim de interromper a compra de soja norte-americana, medida adotada em maio como reação às políticas comerciais do republicano.
Em publicação na rede Truth Social, Trump classificou a atitude chinesa como uma provocação. “Acredito que a China, ao deixar de comprar nossa soja e causar dificuldades aos nossos produtores, comete um ato de hostilidade econômica”, escreveu. O presidente acrescentou que os Estados Unidos têm condições de produzir óleo de cozinha internamente, sem depender das importações chinesas.
As declarações ampliam a tensão comercial entre Washington e Pequim, que vem se intensificando nos últimos dias. Na segunda-feira (13/10), o governo chinês classificou como “hipócritas” as tarifas de 100% impostas por Trump sobre produtos chineses.
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Na semana passada, o republicano já havia criticado a decisão da China de restringir a exportação de elementos de terras raras, usados em tecnologias avançadas, e anunciou novas tarifas de 100% sobre mercadorias chinesas, com início previsto para 1º de novembro.
Em resposta, o Ministério do Comércio da China afirmou que os controles sobre as terras raras são uma reação às medidas recentes adotadas por Washington. “Ameaçar impor tarifas não é a forma correta de lidar com a China. Não buscamos conflito, mas também não tememos enfrentá-lo”, declarou o órgão.
O governo chinês também alertou que poderá adotar contramedidas caso os Estados Unidos mantenham as sanções, reforçando o clima de incerteza nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
*Com informações do G1.