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Vendas do comércio varejista do Amazonas sofre pequena retração de -0,2% em setembro

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Vendas do comércio varejista do Amazonas sofre pequena retração de -0,2% em setembro
O setor de comércio e serviços do Amazonas encerrou o mês de abril com o número recorde de empregos formais. (Foto: divulgação/Fecomercio)

O comércio varejista do Amazonas registrou uma pequena retração de -0,2% nas vendas de setembro em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, contudo, o índice de vendas segue positivo em 1,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os números são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados nesta sexta-feira (14/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o chamado Varejo Ampliado, que inclui, além do varejo, atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo; o volume de vendas variou 1,4% em setembro, ficando 1,2 ponto percentual (p.p.) acima do resultado nacional (0,2%). Na variação interanual a taxa foi de 0,4%; no acumulado do ano o índice ficou em 1,8%; e na variação acumulada em 12 meses a taxa ficou em 3,6%.

Para o economista da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomercio-AM), Max Cohen, os números da PMC refletem o estado de ânimo do comerciante de Manaus. Ele lembra que os resultados das pesquisas da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revelam um cenário de moderação e cautela na economia de Manaus.

“O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) fechou outubro em 115,6 pontos, mantendo-se acima da linha de otimismo (100 pontos), mas registrando queda de 6,9% em relação ao mesmo mês de 2024. Em comparação com setembro, o índice praticamente se manteve estável, refletindo um ambiente de expectativas ainda positivas, porém sem aceleração do otimismo”, analisou o economista.


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Destaque e instabilidades

Para o chefe do departamento de Disseminação da Informação do IBGE-AM, Adjalma Jaques, a retração de setembro precisa ser olhada com atenção porque foi a terceira registrada ao longo de 2025 e, embora pequena, sinaliza a dificuldade do segmento para manter um ritmo consolidado de expansão.

Para o analista, o destaque foi os números do chamado varejo ampliado, que ficaram bem acima da média nacional e apontando para um crescimento contínuo da atividade, em que pese a desaceleração do varejo tradicional em nosso Estado.

Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o Comércio Varejista e Comércio Varejista Ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e Unidades da Federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação da PMC, com os resultados para outubro de 2025, será em 11 de dezembro.

Para o economista Sérgio Gonçalves, a retração em setembro precisa ser relativizada, pois tradicionalmente não é um bom mês de vendas devido ao feriadão da Independência, que reduz os dias úteis de compra e estimula o consumidor a viajar e, portanto, ficar longe das compras locais.

Ele também destaca que setembro é o mês que antecede ao Dia das Crianças, uma das principais datas para o comércio brasileiro e que, portanto, o consumidor está com foco em compras no mês seguinte. A aposta é que outubro venha com uma boa recuperação e aumento nas vendas.