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SAF do Fluminense estima investimento de R$ 6,9 bilhões em 10 anos

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SAF do Fluminense estima investimento de R$ 6,9 bilhões em 10 anos
Carlos de Barros apresenta oferta para adquirir o Fluminense (Foto: Reprodução)

O Fluminense apresentou ao Conselho Deliberativo, nesta segunda-feira (08/09), a proposta para a formação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) pela Lazuli Partners e sua subsidiária LZ Sports. O modelo prevê a participação de 40 investidores, todos apoiadores do time tricolor, reunidos por meio do fundo de investimentos.

Segundo Carlos de Barros, sócio da Lazuli, a proposta engloba um investimento inicial de R$ 500 milhões nos dois primeiros anos, além da assunção total da dívida do clube, que é estimada atualmente em R$ 871 milhões. Estima-se que R$ 6,9 bilhões sejam investidos ao longo de uma década, abrangendo o futebol profissional, as categorias de base, o futsal e o futebol feminino.

Como operará o modelo da SAF tricolor?

Se a proposta for aprovada, a Lazuli terá 65% da futura SAF, enquanto a associação terá 35%. Essa porcentagem pode mudar dependendo do valor da dívida no momento da compra.

Com a divisão de bens, a empresa começará a gerenciar Xerém e o departamento de futebol em todas as suas facetas. Por outro lado, o patrimônio social, incluindo a sede das Laranjeiras e outros imóveis, continuará sob a gestão da associação, podendo haver acordos de cessão de uso.

Outro aspecto previsto é o pagamento à associação de royalties anuais de R$ 12 milhões, quantia que pode aumentar de acordo com o desempenho do clube. Esse modelo se destaca de outros exemplos recentes de SAFs no Brasil, como Cruzeiro e Botafogo, que foram comprados por empresários individuais.

Etapas seguintes

O Conselho Deliberativo avaliará a proposta antes de apresentá-la para votação pelos membros do clube. Apenas depois de cumprir essas etapas o modelo poderá ser implementado.

De acordo com Carlos de Barros, a ampla participação de torcedores investidores fortalece a solidez da iniciativa.

“A princípio, estimamos aproximadamente 15 investidores, porém a demanda superou nossas expectativas e alcançamos o total de 40. Todos são tricolores e desejam ajudar a fortalecer o Fluminense”, explicou.

Quem são os investidores e qual será a estrutura de gestão

A lista de apoiadores da futura SAF do Fluminense inclui 40 empresários tricolores, porém não haverá um investidor principal com autoridade exclusiva para decidir. A proposta estabelece uma gestão compartilhada, na qual todas as decisões devem ser votadas pelos cotistas.


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André Esteves, controlador do BTG Pactual; Thiago De Luca, diretor-geral da Frescatto; e José Zitelmann, cofundador da Absoluto Partners são alguns dos nomes que já foram mencionados pela mídia.

Segundo a LZ Sports, já foram confirmados os nomes de 13 investidores:

Família Almeida Braga – tradicional no ramo de seguros (como Atlântica e Bradesco Seguros)

Família Klabin – envolvida na indústria de papel e celulose

Família De Luca – proprietária da Frescatto, empresa do ramo de frutos do mar

Família Zitelmann – envolvida no BTG Pactual

Família Esteves – vinculada ao BTG Pactual

Família Dantas – com experiência na administração de fundos

Família Paes – vinculada ao BTG Pactual também

Ricardo Tadeu – executivo do ramo de bebidas da Ambev

Família Monteiro Aranha – respeitável clã empresarial brasileiro

Grupo Apex Partners – empresa de gestão de investimentos do Espírito Santo

Heráclito de Brito Gomes Júnior – associado à Rede D’Or, reconhecida em saúde

Família Hallack – associada à empresa de construção Camargo Corrêa

Bruno Werneck – advogado e investidor

A estratégia da proposta é refletida na composição: unir importantes empresários tricolores de diversas áreas da economia em um modelo de governança coletiva, a fim de proporcionar ao projeto suporte financeiro e credibilidade.