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Anvisa aprova uso do Mounjaro para tratamento da apneia do sono em adultos com obesidade

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Anvisa aprova uso do Mounjaro para tratamento da apneia do sono em adultos com obesidade
(Foto: Getty Images)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do medicamento Mounjaro para tratar apneia do sono em adultos com obesidade. A decisão foi assinada na sexta-feira (17/10) e publicada nesta segunda (20/10) no Diário Oficial da União.

O remédio, que tem como princípio ativo a tirzepatida, já era autorizado no Brasil para o tratamento de diabetes tipo 2. Agora, passa a ser o primeiro medicamento aprovado no país para tratar apneia do sono, segundo a fabricante Eli Lilly.

A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio que causa pausas na respiração durante o sono por conta do bloqueio parcial ou total das vias respiratórias. Entre os sintomas mais comuns estão ronco, sono agitado e cansaço durante o dia.

Segundo a Anvisa, a aprovação foi baseada em estudos clínicos que comprovaram a eficácia da tirzepatida. Uma pesquisa publicada em 2024 na revista New England Journal of Medicine mostrou que o medicamento reduziu significativamente as interrupções respiratórias em pacientes com apneia.


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A farmacêutica informou que até metade dos participantes dos estudos deixaram de apresentar sintomas da doença. Além disso, o uso do remédio reduziu o peso corporal e o risco de doenças cardiovasculares, efeitos que costumam acompanhar a melhora do sono.

O tratamento tradicional da apneia é feito com o uso do aparelho CPAP, que mantém as vias aéreas abertas durante o sono. Em alguns casos, o uso da tirzepatida reduziu tanto as interrupções respiratórias que o aparelho deixou de ser necessário.

A tirzepatida também é conhecida pelo potencial de promover grande perda de peso, chegando a mais de 20% do peso corporal em cerca de nove meses, segundo estudos. Ela age simulando a ação de dois hormônios (GIP e GLP-1), que ajudam a controlar o apetite e os níveis de glicose no sangue.

Mesmo já aprovada, a venda do Mounjaro ainda não começou no Brasil por causa da alta demanda mundial. A previsão é que o medicamento chegue às farmácias ainda em 2024.

*Com informações do Veja Saúde e G1.