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‘Dezembrite’ existe? Entenda por que o fim de ano mexe tanto com o emocional

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‘Dezembrite’ existe? Entenda por que o fim de ano mexe tanto com o emocional
Popularmente chamado de “dezembrite”, refere-se ao aumento da carga emocional conforme o ano chega ao fim. (Foto: reprodução)

As festas de fim de ano costumam simbolizar alegria, reencontros e celebrações. Porém, para muitas pessoas, o período que antecede o Natal e o Ano Novo pode despertar emoções completamente opostas: ansiedade, culpa, frustração e estresse. Esse conjunto de sentimentos, popularmente chamado de “dezembrite”, refere-se ao aumento da carga emocional conforme o ano chega ao fim.

A neuropsicóloga Ana Cordovil explica que, embora o termo não exista formalmente na psicologia ou na psicanálise, os sintomas associados à chamada síndrome do fim de ano são legítimos.

“Quando esse ciclo vai finalizando, a gente tem esse intuito de ter que terminar coisas que começou ou que a gente se propôs a fazer. E muitas vezes algumas pessoas ficam tristes porque não conseguem cumprir alguma dessas metas e colocações que colocam para elas mesmas”, destacou.

Mesmo quem não tem histórico de transtornos emocionais pode sentir os efeitos desse período. Mudanças na rotina, maior exigência social, balanço das realizações (ou da falta delas) e a sensação de recomeço iminente costumam elevar a tensão interna, tornando o fim do ano emocionalmente desafiador.

 


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Segundo Ana, buscar apoio é um passo fundamental: seja acolhimento de pessoas próximas ou, quando necessário, acompanhamento profissional especializado.

“A gente tem que lembrar também o motivo para celebrar, o motivo para aproveitar, às vezes de estar um pouco mais isolado durante o ano e aproveitar também para festejar com algum amigo, com a família, né? Nesse final de ano também vêm algumas conversas ali na mesa de Natal, na ceia, por exemplo, de algumas perguntas que causam um pouco de ansiedade na gente também. É natural que aconteça. Não precisa se sentir pressionado também a ter passado no concurso ou ter concluído alguma coisa, tudo tem seu tempo”, orientou.

A especialista ressalta que acolher as próprias emoções e respeitar limites pessoais são maneiras eficazes de atravessar dezembro com mais leveza e saúde emocional.

Neuropsicóloga Ana Cordovil