Os influenciadores amazônidas têm despertado curiosidade ao exibirem os sabores exóticos da culinária regional nas redes sociais. Alguns ingredientes como o turu (molusco encontrado em troncos de mangue), língua de boi, além de pratos preparados com carnes de animais de caça, como jacaré, paca e capivara, chamam atenção do público pela autenticidade e pelas reações de quem experimenta.
Um dos vídeos da influenciadora Lia Mendonça, natural de Belém do Pará, chegou a mais de 9 milhões de visualizações após ela mostrar o momento em que come o famoso Turu. Na legenda, ela escreveu “De volta às raízes. Hoje tirei o turu direto do pau, como fazia quando era criança lá na ilha com a mamãe”.
Veja o vídeo:
Em outro vídeo, Lia levou uma amiga do Rio de Janeiro para conhecer a Ilha do Marajó também provar o molusco da Amazônia. O reels publicado no Instagram alcançou mais de 881 mil visualizações.
Veja o vídeo:
Em outro vídeo, ela convida os seguidores a experimentar a carne de jacaré, alimento mais consumido na Região Norte pelos ribeirinhos.
Veja o vídeo:
Influencer indígena
Com quase 1 milhão de seguidores no Instagram, a influenciadora indígena Weena Tikuna compartilha o dia a dia em sua comunidade, mostrando aspectos da cultura, da rotina e da alimentação tradicional do povo Tikuna. Por meio de vídeos e fotos, ela apresenta práticas e saberes transmitidos entre gerações, aproximando o público urbano da realidade indígena.
Em um dos vídeos que mais repercutiu nas redes, Weena aparece consumindo formigas, alimento presente na culinária tradicional de seu povo. Ela explica aos seguidores que o ingrediente faz parte da cultura e do modo de vida na aldeia, reforçando a importância de valorizar e compreender práticas alimentares indígenas que são transmitidas entre gerações.
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Quando tradição encontra limites legais
Apesar de parte da culinária amazônica incluir carnes de animais silvestres, o consumo e a comercialização de carne de espécies protegidas, como a onça-pintada, é proibido por lei no Brasil.
Já o consumo de animais como jacaré e capivara é permitido apenas quando a carne provém de criadouros legalizados e autorizados pelo IBAMA.
No entanto, especialistas reforçam que a valorização da cozinha amazônica deve vir acompanhada de informação sobre sustentabilidade, preservação ambiental e respeito às comunidades locais.