O Reino Unido vem registrando um avanço expressivo dos casos de um “superfungo” resistente a boa parte dos principais tratamentos. As infecções causadas pelo Trichophyton indotineae cresceu em 500% nos últimos três anos na região, passando de 44 registros em 2022 para 258 em março de 2025. Os números foram registrados no Reino Unido e na Irlanda.
A infecção provoca lesões avermelhadas principalmente na virilha e nas nádegas. Sem tratamento adequado, pode se espalhar pelo corpo, causar dores intensas e facilitar outras complicações. Apesar de não ser considerado letal, o combate ao fungo é complicado, já que as terapias antifúngicas comuns não fazem efeito, e os tratamentos ministrados até o momento são considerados extremamente tóxicos e violentos ao organismo.
“Esse problema está ganhando proporções sérias no Reino Unido”, afirmou o professor Darius Armstrong-James, especialista em fungos do Imperial College London. Segundo ele, ainda não é possível prever se o surto pode se tornar endêmico ou até atingir escala maior, mas o aumento de pacientes nos hospitais já preocupa.
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O T. indotineae foi identificado pela primeira vez na Índia, em 2014, e desde então passou por mutações que o tornaram resistente. Hoje, o único tratamento eficaz envolve o uso de itraconazol, medicamento potente, porém associado a efeitos tóxicos no coração e no fígado.

Nos últimos dez anos, o superfungo já foi detectado em pelo menos 20 países, incluindo Alemanha e Estados Unidos. No Brasil, um caso foi confirmado em abril de 2025, na região de Piracicaba, no interior paulista.
*Com informações do Portal R7