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Condenação de Bolsonaro vira manchete na imprensa internacional

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Condenação de Bolsonaro vira manchete na imprensa internacional
(Foto: reprodução)

A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros crimes movimentou a imprensa mundial. O julgamento, que terminou nesta quinta-feira (11/9) com 4 votos a 1, também atingiu sete aliados do ex-mandatário.

O último voto, do ministro Cristiano Zanin, somou-se aos de Alexandre de Moraes, Flávio Dino e da ministra Cármen Lúcia, considerado determinante ao formar maioria para a condenação. O único a divergir foi Luiz Fux, que defendeu a absolvição da maior parte dos réus. A definição das penas ainda depende da fase de dosimetria, mas pode chegar a 30 anos de prisão em regime fechado.

(Foto: reprodução)

A repercussão internacional foi imediata. O The New York Times destacou que a corte brasileira avançou contra o ex-presidente por tentar se manter no poder após perder as eleições de 2022. O The Guardian, do Reino Unido, foi direto: “Suprema Corte considera Bolsonaro culpado de conspiração para golpe militar”.


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Na França, o Le Monde enfatizou que Bolsonaro era acusado de liderar uma organização criminosa para permanecer no comando do país de forma autoritária. Já o espanhol El País avaliou a decisão como “um passo transcendental contra a impunidade”. Na Argentina, o Clarín frisou que a pena pode ultrapassar 40 anos, enquanto o Página 12 tratou o caso como símbolo do desgaste da extrema-direita no continente.

A condenação também ganhou destaque na Reuters, no The Wall Street Journal e na rede Al-Jazeera, ampliando a cobertura global.

Além de Bolsonaro, foram considerados culpados Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Mauro Cid e Almir Garnier. A maioria deles foi responsabilizada por crimes como organização criminosa armada, dano ao patrimônio público e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Ramagem, deputado federal, teve parte das acusações suspensas e acabou condenado apenas por três dos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

*Com informações da Agência Brasil.