O governo de Donald Trump orientou os cidadãos americanos a deixarem a Venezuela “imediatamente” e retornarem aos Estados Unidos. O comunicado da Casa Branca, emitido nesta quinta (4/12), ocorre em meio à escalada das tensões entre Washington e o governo de Nicolás Maduro.
Diz o aviso:
“Não viaje para a Venezuela nem permaneça no país devido ao alto risco de detenção indevida, tortura sob custódia, terrorismo, sequestro, aplicação arbitrária das leis locais, criminalidade, agitação civil e infraestrutura precária de saúde. Todos os cidadãos norte-americanos e residentes permanentes legais nos Estados Unidos que estejam na Venezuela são fortemente aconselhados a sair imediatamente”.
A gestão Trump ressalta que não existe consulado ou embaixada dos EUA na Venezuela. Por esse motivo, o governo norte-americano alega que não pode fornecer serviços de emergência ou serviço consular aos seus cidadãos que estejam no país latino-americano.
O comunicado enfim especifica:
“Qualquer pessoa com cidadania ou qualquer outro status de residência nos EUA deve deixar o país imediatamente, incluindo aqueles que viajarem com passaportes venezuelanos ou de outros países. Não viaje à Venezuela por nenhum motivo”.

(Imagem: Reprodução)
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Nas últimas semanas, têm se intensificado as tensões entre os países, com o governo americano acusando Maduro de fazer parte do Cartel de Los Soles, e atacado embarcações no mar do Caribe suspeitas de atuar no tráfico de drogas.
Trump e Maduro conversaram em 21 de novembro por cerca de 15 minutos. Segundo a agência de notícias Reuters, Maduro disse a Trump que estava disposto a deixar a Venezuela, mas pediu anistia legal total. O pedido de anistia também se estendeu aos familiares do venezuelano.
Ele também teria pedido remoção de todas as sanções dos EUA a ele e aos seus familiares, e a mais de 100 autoridades do governo. Trump teria negado a maioria das das solicitações, mas deu a Maduro o prazo de uma semana para deixar o país em direção a um destino de sua escolha. Essa passagem segura junto a familiares expirou na sexta-feira, o que levou o presidente dos EUA a declarar no sábado que o espaço aéreo da Venezuela estava fechado, disseram duas das fontes. No domingo, Trump confirmou a repórteres que conversou com Maduro, e que a conversa não foi “nem boa nem ruim”.
*Com informações de UOL