Um caso incomum ocorrido em Belgrado, capital da Sérvia, tem repercutido após ser analisado por especialistas e publicado em revistas científicas internacionais. Uma mulher de 39 anos morreu após sofrer um aneurisma cerebral durante um momento de autoestimulação sexual.
De acordo com informações divulgadas, o corpo foi encontrado pelo ex-marido da vítima, que acionou a polícia. A mulher estava deitada em um sofá, parcialmente coberta por um cobertor, e nua da cintura para baixo. Durante a perícia, foi identificado que ela havia utilizado um batedor de arame conhecido como fouet como objeto sexual, introduzido cerca de 10 centímetros no reto.
A vítima era hipertensa e fazia uso de medicamentos para controlar a pressão arterial. A autópsia revelou uma hemorragia subaracnóidea, provocada pelo rompimento de um aneurisma sacular de 11 milímetros, localizado na base do cérebro. O sangramento comprometeu áreas sensíveis, como o tronco encefálico, e foi fatal.
O caso foi publicado originalmente na edição de junho de 2012 da American Journal of Forensic Medicine and Pathology, e republicado em 2024 pela revista científica LiveScience, como parte de um estudo sobre os efeitos fisiológicos da excitação sexual em pessoas com aneurismas não diagnosticados.
Segundo os pesquisadores Slobodan Nikolić e Vladimir Živković, o esforço físico intenso e o orgasmo podem causar picos de pressão arterial, o que, em pessoas com predisposição, pode levar à ruptura de aneurismas cerebrais. Mulheres são estatisticamente mais propensas a desenvolver esse tipo de aneurisma, especialmente após a menopausa, devido à queda nos níveis de estrogênio.
“É provável que sua excitação sexual e o orgasmo subsequente tenham provocado um aumento repentino na pressão arterial, suficiente para romper o aneurisma e causar a hemorragia fatal”, concluíram os pesquisadores.