As autoridades venezuelanas anunciaram na quinta (25/12) a libertação de 99 pessoas detidas durante os protestos de 2024, após a polêmica reeleição do presidente Nicolás Maduro.
Segundo o governo venezuelano, as 99 pessoas “estavam privadas de liberdade por sua participação nos atos de violência e incitação ao ódio, posteriores à jornada eleitoral de 28 de julho de 2024”.
Entre as pessoas libertadas está Marggie Orozco, médica de 65 anos condenada à pena máxima por “traição à pátria, incitação ao ódio e conspiração” após criticar, em uma mensagem de voz, o presidente esquerdista, informou à AFP a ONG Justiça, Encontro e Perdão, que monitora casos de “presos políticos”.
A proclamação da vitória de Maduro para um terceiro mandato consecutivo desencadeou manifestações que deixaram 28 mortos e pelo menos 2.400 detidos, que o presidente classificou como “terroristas”. A Justiça libertou mais de 2.000 pessoas desde então, conforme dados oficiais.
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Segundo relatos de parentes, 60 libertados estavam na penitenciária de segurança máxima de Tocorón, a 134 km de Caracas, que serviu de base durante anos para o temido grupo criminoso ‘Tren de Aragua’. Também foram reportadas solturas em outras prisões.
A Venezuela tem pelo menos 902 “presos políticos”, segundo a contagem mais recente da ONG Foro Penal.
O resultado da eleição presidencial de 2024 no país foi altamente questionado e a vitória de Maduro não foi reconhecida por diversos países, incluindo Estados Unidos e União Europeia.
*Com informações de UOL