Um possível erro durante intubação de Benício Freitas, de 6 anos, será investigado pela polícia para identificar se isso pode ter causado a morte do menino, no dia 23 de novembro, no Hospital Santa Júlia, no Centro de Manaus.
A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (04/12), pelo delegado Marcelo Martins, titular do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Segundo ele, a Polícia Civil trabalha agora com uma nova linha que aponta a possibilidade de erros no procedimento de intubação realizado na UTI.
“Nós acabamos de terminar a acareação em relação à médica Juliana Brasil e à técnica de enfermagem Raiza, com o objetivo de trazer mais esclarecimento sobre esse caso concreto que culminou com a morte da criança, o Benício Xavier. Nós conseguimos anunciar várias questões e eu quero deixar claro aqui, que, basicamente nós investigamos quatro linhas de investigação.”
Ele detalhou as quatro linhas de investigação da polícia em relação ao caso, sendo elas:
- a responsabilidade da médica Juliana Brasil, pelo erro de prescrição médica;
- erro da técnica de enfermagem Raíza, relacionado à falha na dupla checagem e à administração incorreta de adrenalina;
- a responsabilidade do hospital, incluindo estrutura e cumprimento de protocolos de segurança;
- e por fim, possíveis erros na intubação do Benício na UTI, que podem ter ocasionado ou contribuído para a morte da criança.
Veja vídeo:
Sobre as versões apresentadas pelas profissionais investigadas, Martins afirmou que tanto a médica Juliana Brasil quanto a técnica de enfermagem Raiza Bentes mantiveram as mesmas versões que haviam apresentado anteriormente.
Tentativa de adulterar provas
O delegado Marcelo Martins voltou a falar sobre a tentativa da médica em adulterar as provas após a prescrever de forma errada adrenalina a Benício.
“Nós temos três testemunhas que indicaram, que apontaram essa situação (…) no sentido de que a médica teria tentado obter acesso à prescrição médica original para suprimi-la e editar os dados do sistema para que não aparecesse o fato dela ter prescrito errado a adrenalina pela via endovenosa.”, explicou.
Veja o vídeo: