Chefes do Comando Vermelho (CV) ligados ao Amazonas passaram a dirigir ações criminosas à distância, em uma espécie de “home office”, a partir de áreas nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Marcus Vinícius Almeida, esses pontos funcionam como verdadeiros “condomínios do crime”, onde as lideranças se escondem.
Segundo ele, os 13 principais nomes do CV no estado, entre eles Sílvio Andrade Costa, o “Barriga”, e Caio Cardoso dos Santos, o “Mano Caio”, estão foragidos e abrigados nessas comunidades.
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Para se manterem protegidos e driblarem mandados de prisão expedidos no Amazonas, eles pagam mensalidades que variam de R$ 50 mil a R$ 150 mil a grupos do tráfico carioca.
Embora não figurem entre essas 13 lideranças, seis amazonenses já foram identificados entre os mortos na megaoperação policial considerada a mais letal da história do Rio (com 121 mortos e mais de 100 presos). O deslocamento de cabeças do CV do Amazonas para o Rio se intensificou nos últimos dois anos, especialmente após prisões de figuras-chave fora do estado, como a de Ocimar Prado Júnior, o “Coquinho”, detido no Paraguai em 2023.
*Com informações de Estadão