A Polícia Civil de Mato Grosso desencadeou, na manhã de segunda-feira (10/11), a Operação Parvus para cumprir dois mandados de busca e apreensão e avançar nas apurações sobre o desaparecimento e possível homicídio de Carlos Henrique Silva Oliveira, 20 anos, ocorrido no início de novembro.
A ofensiva, conduzida pela Delegacia de Alto Taquari, também investiga a participação de facções criminosas no caso, que abalou a cidade pela violência e pelo modo de execução.
Carlos Henrique sumiu em 3 de novembro, após deixar a casa onde estava hospedado com um colega de trabalho, ambos atuavam em uma usina da região. Segundo o colega, por volta das 21h30 o jovem recebeu ligações, saiu vestindo apenas bermuda e chinelos e não voltou. No dia seguinte, a família recebeu um vídeo de decapitação e reconheceu a vítima como sendo Carlos. O material foi encaminhado à Politec para perícia.
Cumprimento dos mandados
Durante as buscas autorizadas pela Justiça de Alto Taquari, os policiais vistoriaram duas residências. Em uma delas, o imóvel estava destrancado e vazio; os moradores teriam fugido pouco antes da chegada das equipes. No local, foram apreendidos documentos de uma mulher já investigada por ligação com facções, duas porções de maconha, uma motocicleta com chassi adulterado e munições calibres .38 e .32 escondidas em um compartimento secreto.
De acordo com a delegada Michele Castro Reis de Siqueira, o material recolhido será decisivo para o prosseguimento das investigações, podendo indicar a cadeia de participação e a motivação do crime.
Uma hipótese aponta que a morte de Carlos Henrique teria sido motivada por um gesto associado a uma facção rival, interpretado como provocação. O nome “Parvus”, “pequeno” ou “sem importância”, em latim, remete à banalidade do motivo diante da extrema crueldade do ato.
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A Parvus integra a Operação Inter Partes, força-tarefa permanente da Polícia Civil para enfraquecer e desarticular facções em todo o estado, e também se alinha ao programa estadual “Tolerância Zero às Facções Criminosas”, que intensifica o combate às organizações no interior.
“As diligências continuam, com análise de novas informações e coleta de provas para identificar e responsabilizar todos os autores”, afirmou a delegada Michele Castro.
*Com informações de Metrópoles.