A Polícia Civil de Santa Catarina confirmou que Giovane Correa Mayer, de 21 anos, preso na última sexta-feira (21) pelo assassinato e violência sexual contra a professora Catarina Kasten na trilha do Matadeiro, em Florianópolis, também é o principal suspeito de um estupro ocorrido há três anos. A nova linha de investigação levou à reabertura imediata do inquérito de 2022, que apura a agressão e o abuso sexual contra uma idosa de 69 anos dentro da casa onde ela mora.
O crime de 2022 aconteceu no bairro Açores e o inquérito havia sido concluído em julho deste ano sem identificação do autor, mesmo após diversas diligências. Na época, Giovane, então com 17 anos, chegou a ser ouvido como testemunha. Ele trabalhava como ajudante de jardinagem na residência da vítima e afirmou ter ido ao imóvel para cortar a grama no dia do fato, dizendo não ter percebido nada de anormal. A idosa contou à polícia que foi atacada por trás, não viu o rosto do agressor, mas reconheceu a voz de um homem jovem.
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Conforme o boletim de ocorrência registrado em 4 de janeiro de 2022, a vítima foi surpreendida por volta das 17h30, sendo estrangulada pelo pescoço, possivelmente com o uso de uma corda. Embora não tenha conseguido ver o criminoso, ela relatou que a perna do agressor era branca e com poucos pelos. Na época, os investigadores encerraram o inquérito lamentando não ter conseguido chegar à identificação do autor, mesmo após ouvir testemunhas e analisar suspeitos. Todo o material coletado na cena, incluindo fragmentos e vestígios biológicos, foi encaminhado ao Banco Nacional de Dados.
Com a prisão de Giovane e a constatação de semelhanças entre os crimes, a Polícia Civil agora trabalha com a hipótese de que o material genético e outras evidências armazenadas possam comprovar a ligação dele com o estupro da idosa. A retomada do caso de 2022 depende, a partir de agora, do resultado das análises periciais e do confronto das provas com o novo suspeito.