O jovem Ronaldo Davi Nascimento Mendes, de 19 anos, conhecido como “Jogador”, foi preso suspeito de envolvimento no assassinato de Júlio César Santos das Chagas dentro do Shopping Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus. Outras três pessoas já haviam sido presas pelo crime.
O homicídio ocorreu no dia 1º de outubro e foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens, é possível ver o momento em que um dos suspeitos corre em direção à vítima, que acabava de sair de um carro, próximo a um grupo de pessoas. Ao se aproximar, o criminoso saca a arma e atira diversas vezes contra Júlio, que, mesmo ferido, corre para dentro do shopping em busca de abrigo.
De acordo com a Polícia Civil, Ronaldo é apontado como o principal executor do crime. Ele foi preso na noite de terça-feira (2), em uma residência no bairro Colônia Oliveira Machado, na Zona Sul de Manaus. O suspeito deve responder por homicídio qualificado e associação criminosa.
“Trata-se de uma trama criminosa muito bem planejada e arquitetada, com a participação da companheira da vítima, que mantinha constante contato com o atirador para que o crime fosse executado naquele momento”, disse o delegado Ricardo Cunha.
Segundo as investigações, dois homens identificados como Eduardo e Mateus foram presos ainda no mês de outubro. A namorada da vítima, Jéssica Santos, também foi detida por suspeita de manter contato com os executores e auxiliar na emboscada.
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Conforme o delegado, a motivação estaria relacionada ao passado da vítima, que teve envolvimento com uma organização criminosa da qual foi expulsa, a mesma de Ronaldo Davi, e passou a ser “jurada de morte”.
“Júlio César estava escondido em Manaquiri (a 60 quilômetros de Manaus) e havia retornado à capital para passar um momento com a família, quando passou a ser seguido por dois veículos. Em um deles estava o atirador, aguardando o momento para executá-lo”, explicou o titular da DEHS.
O caso
Conforme a 19ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), Júlio César já havia sido preso por tráfico de drogas e cumpriu pena na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), sendo colocado em liberdade em 2019. No dia do crime, testemunhas relataram que os suspeitos aguardavam do lado de fora do centro de compras e atiraram assim que a vítima desceu do carro.
De acordo com testemunhas após os disparos, lojas foram fechadas às pressas e clientes correram para se proteger dentro do shopping. Até o momento, não há registro de outras pessoas feridas.
Em nota, a administração do Shopping Ponta Negra classificou o caso como uma “ocorrência de caráter isolado” e informou que colabora com as autoridades nas investigações. O centro de compras encerrou as atividades mais cedo no dia do crime e reafirmou o compromisso com a segurança de funcionários e clientes.