Durante vistoria no Hospital Santa Júlia, o Conselho Regional de Farmácia do Amazonas (CRF-AM) revelou que identificou falhas e que não existe análise farmacêutica prévia das prescrições feitas nas farmácias do Pronto-Socorro e do Centro Cirúrgico da unidade de saúde, além da falta de profissionais.
A ação ocorreu após a morte de Benício Freitas, de 6 anos, ocorrida no dia 23 de novembro, e depois que o delegado Marcelo Martins, titular do 24º Distrito Integrado de Polícia e responsável pelas investigações sobre a morte do menino, anunciou que o farmacêutico e a enfermeida do hospital poderiam se tornar alvos da polícia.
Segundo o hospital, isso ocorre devido ao número reduzido de profissionais farmacêuticos disponíveis para atender a demanda. A ausência desse procedimento é considerada uma falha grave, já que impede a revisão técnica das prescrições, etapa obrigatória e fundamental para evitar erros na administração de medicamentos.
Ainda de acordo com o Conselho, ficou evidenciado que não houve participação de um farmacêutico na dispensação do medicamento envolvido no caso da criança, ponto que pode ter contribuído para o desfecho trágico.
Leia mais
Morte de menino no Hospital Santa Júlia leva ao afastamento de médica e técnica de enfermagem
Médica que errou medicação de menino no Hospital Santa Júlia não é especialista em pediatria
O CRF-AM informou ainda que os documentos e protocolos internos apresentados pelo hospital seguem em análise técnica.
Um relatório oficial será elaborado e encaminhado ao Ministério Público e à Polícia Civil, que darão continuidade às investigações.
Em nota, o Conselho reforçou que a presença e a atuação de um farmacêutico em todas as etapas do processo de medicação são exigências legais e essenciais para garantir a segurança dos pacientes. O órgão afirmou que continuará acompanhando o caso e adotando todas as medidas necessárias dentro de sua competência.
Confira a nota na íntegra;
