Aconteceu no começo da tarde deste domingo (23/11) a audiência de custódia do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi preso no sábado (22). Após a audiência, a prisão preventiva foi mantida e homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Em seu depoimento, Bolsonaro alegou ter tido um surto e negou que tivesse intenção de fugir. O ex-presidente também disse acreditar que o ataque foi causado por medicamentos. Fontes junto à CNN Brasil informaram que ele aparentava abatimento.
A audiência de custódia ocorreu por videoconferência e foi realizada por um juiz auxiliar do gabinete de Moraes. Além dele, estiveram presentes advogados do ex-presidente e um representante do Ministério Público Federal.
O juiz analisou se a prisão ocorreu dentro da legalidade e se haveria necessidade de adequação da manutenção da medida. Bolsonaro respondeu sobre acesso à defesa e maus-tratos ou se houve alguma irregularidade.
A ata da audiência deverá ser divulgada assim que o procedimento for finalizado.
Ainda hoje, o ex-presidente deverá receber a visita da esposa, Michelle Bolsonaro.
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Prisão de Bolsonaro
Bolsonaro foi preso após pedido formulado pela PF, que alegou, em parecer encaminhado ao Supremo, risco de fuga do ex-presidente diante da vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio do pai. O relato foi endossado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em parecer apresentado ainda na madrugada de sábado.
Na decisão, Moraes citou que Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica. No início da tarde, o ministro retirou o sigilo do vídeo que mostra o ex-presidente confessando ter usado um ferro de solda para queimar o dispositivo preso ao tornozelo.
*Com informações de CNN Brasil