O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), saiu em defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM) após a publicação de uma reportagem do Valor Econômico, na segunda-feira (10/11), intitulada “COP em Belém e bilhões para ar-condicionado em Manaus”, assinada pelo jornalista Bruno Carazza.
Em suas redes sociais, nesta terça-feira (11/11), David Almeida afirmou que as críticas ao modelo “ignoram o essencial”, destacando que, há mais de meio século, a Zona Franca tem sido fundamental para equilibrar produção, geração de empregos e preservação ambiental na Amazônia.
“A crítica à Zona Franca de Manaus ignora o essencial: há mais de meio século, esse modelo permite que o Brasil produza preservando a floresta. O Polo Industrial de Manaus gera mais de 500 mil empregos, movimenta R$ 200 bilhões por ano e ajuda a manter 97% da Amazônia intacta”, escreveu o prefeito.
David também destacou que os incentivos fiscais da Zona Franca não representam desperdício de recursos, mas sim investimentos estratégicos no desenvolvimento nacional.
“Não é gasto, é investimento em soberania, inovação e desenvolvimento sustentável no coração da floresta. Quem fala de longe não sabe que quem vive aqui preserva, produz e sustenta a Amazônia”, completou.
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A publicação do prefeito repercute em meio ao debate sobre o papel da Zona Franca de Manaus (ZFM) na agenda ambiental e econômica do país, especialmente neste período de realização da COP30, sediada em Belém (PA). O modelo é considerado um dos principais instrumentos de preservação ambiental e geração de empregos na região Norte, sustentando uma economia que alia industrialização e conservação da floresta amazônica.
Além de David Almeida, outros dois políticos amazonenses repudiaram o artigo. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, e o advogado e ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) se manifestaram publicamente contra a matéria.