O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou um vídeo nas redes sociais comentando a prisão do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. No discurso, o parlamentar pediu calma aos apoiadores e afirmou que o momento exige paciência diante dos desdobramentos políticos no Brasil e no exterior.
Segundo ele, mesmo com o impacto inicial da prisão, já era esperado que o ministro Alexandre de Moraes endurecesse suas decisões no processo. Eduardo declarou que, na visão dele, Moraes teria sido influenciado por análises externas.
“Acontece que o Alexandre de Moraes está entorpecido pela narrativa criada pela própria imprensa, a assessoria extraoficial de comunicação do Lula, e ficou confortável achando que pudesse haver uma boa relação entre Trump e Lula, para que assim, nesse conforto, ele colocasse Bolsonaro numa prisão preventiva”, destacou.
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Eduardo Bolsonaro reforçou que o momento seria de persistência e que não haveria abandono das estratégias adotadas por seu grupo político, afirmando que o objetivo seria impedir que práticas autoritárias se tornem rotina.
“Seguiremos com o nosso plano, que tem dado certo, de trazer consequências a ditadores, para que assim eles não fiquem à vontade para voltar a censurar, prender e fazer o que bem quiserem”, afirmou.
O parlamentar, que está foragido nos Estados Unidos, encerrou a mensagem afirmando que acredita que a discussão sobre uma lei de anistia pode avançar no Congresso. Segundo ele, isso permitiria “virar a página” dos acontecimentos recentes e marcar um novo momento na política brasileira.
Prisão de Bolsonaro
Jair Bolsonaro segue preso enquanto aliados políticos pressionam pela aprovação de uma anistia ampla no Congresso. A proposta tem como objetivo beneficiar todos os investigados e condenados pelos atos de 8 de Janeiro, incluindo o ex-presidente.
Jair Bolsonaro foi preso no último sábado (22/11) em sua residência, em Brasília, e levado para a sede da Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão aponta risco elevado de fuga como principal motivo da medida. Bolsonaro já cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto.
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