O senador Flávio Bolsonaro (PL-DF) fez um discurso inflamado durante evento do Partido Liberal (PL) em Brasília, na noite de terça-feira (11/11), ao marcar os 100 dias de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Diante de aliados, o parlamentar afirmou que seu pai foi “sequestrado” pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Meu pai está hoje em um cativeiro. E pior: o sequestrador quer exigir o pagamento de um resgate para tirá-lo dessa situação”, disse.
O filho mais velho do ex-presidente da República continuou com as acusações e argumentou que o ministro usa a prisão como forma de pressão, mencionando as sanções impostas a Moraes pelo governo dos Estados Unidos, com base na Lei Magnitsky.
“Tenho para mim que o sequestrador acha que pode trocar Bolsonaro pela retirada da Lei Magnitsky sobre ele. Se ele acha que vamos ficar calados porque usa uma arma covarde, a caneta, para escolher quem perseguir, está muito enganado”, declarou o senador.
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Críticas ao governo Lula e exaltação ao bolsonarismo
Em tom combativo, Flávio Bolsonaro misturou críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com mensagens de apoio ao movimento bolsonarista.
“A nossa luta para resgatar o Brasil está só começando. Cada um de vocês faz parte dessa história, porque acredita que temos o caminho para que não falte comida na mesa de ninguém”, afirmou.
O senador também acusou o governo federal de incentivar a dependência do Bolsa Família, em vez de gerar empregos.
“O que o Lula fez foi tirar as pessoas da pobreza e colocá-las na miséria. Ele quer o povo dependente. Nós queremos libertar essas pessoas e mostrar que é possível ganhar mais com a carteira de trabalho ou com o próprio negócio”, disse.
“Vamos resgatar Bolsonaro desse cativeiro”, afirma o senador
Em outro momento do discurso, Flávio reforçou o discurso de identidade nacional, marca do bolsonarismo desde 2018.
“A nossa bandeira foi jogada no lixo. A minha bandeira jamais será vermelha. Bolsonaro resgatou essa bandeira. Agora, nós vamos resgatar o Bolsonaro do cativeiro em que foi colocado”, disse, sendo aplaudido e acompanhado por gritos de “Volta, Bolsonaro”.
Ao encerrar a fala, o senador voltou a atacar o governo federal, associando Lula a “ditadores e criminosos”.
“A soberania que o Lula defende é a de traficantes e ditadores. Vamos devolver a soberania ao povo brasileiro, que quer paz, emprego e dignidade”, concluiu.
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