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Governador do Pará responde comentário de Trump sobre COP 30: “É melhor agir do que postar”

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Governador do Pará responde comentário de Trump sobre COP 30: “É melhor agir do que postar”
Helder Barbalho, governador do Pará (Foto: Grupo R1).

Na noite de domingo (9/11), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), respondeu à crítica feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que uma rodovia teria sido aberta na Amazônia para que os ambientalistas pudessem chegar à COP de Belém.

“Em vez de falar de estradas, o presidente norte-americano deveria apontar caminhos contra as mudanças climáticas. Poderia celebrar a redução histórica no desmatamento da Amazônia, com destaque para o estado do Pará, que obteve o seu melhor resultado. Ou, no mínimo, seguir o exemplo do Governo do Brasil e investir mais de US$ 1 bilhão para salvar florestas no mundo. Ainda dá tempo de passar na COP30, presidente Trump. Esperamos você com um tacacá. É melhor agir do que postar”.

Em nota, a Secretaria Extraordinária para a COP30, vinculada à Casa Civil da Presidência da República do Brasil, afirmou que a obra para construção da rodovia Avenida Liberdade, em Belém, Pará, não é de responsabilidade do governo federal e não faz parte do escopo de obras de infraestrutura para a realização da conferência.

A nota oficial divulgada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seinfra) também reforçou essa ideia. Diz que “o projeto da Avenida Liberdade segue um linhão de energia, onde a vegetação já havia sido suprimida, reduzindo o tempo de deslocamento e evitando a emissão de 17,7 mil toneladas de CO₂ por ano”.


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Extraoficialmente, autoridades do Pará afirmaram à CNN Brasil que o projeto da rodovia é de 2020, muito antes da ONU decidir realizar o atual evento em Belém. Ela tem cerca de 14 km e liga a capital paraense a outros cinco municípios da região metropolitana, em um curso paralelo à BR-316. A ideia é justamente desafogar o trânsito na rodovia.

O relato também indica que, por seguir o trajeto de um linhão de transmissão de energia, não foi necessário desmatar área nativa. A informação é de que cerca de 20% do percurso foi desmatado, mas se tratava de vegetação secundária e já antropisada — termo utilizado para designar áreas previamente alteradas por atividade humana.

*Com informações de CNN Brasil