
O PL oficializou, nesta terça-feira (16/9), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da Minoria na Câmara dos Deputados. A deputada Caroline de Toni (PL-SC), que detinha o posto, renunciou e vai se tornar a primeira-vice-líder da Minoria, e substituirá Eduardo em votações em plenário durante eventuais ausências.
Nesta tarde, a deputada disse à imprensa:
“Gostaria de comunicar a todos a minha renúncia à liderança da Minoria da Câmara dos Deputados para transferir essa responsabilidade ao deputado Eduardo Bolsonaro. Tomamos essa decisão convictos de que o Brasil precisa de união e de coragem, especialmente diante das perseguições políticas que tanto o Eduardo quanto seu pai, Jair Messias Bolsonaro, estão sofrendo”.
A manobra é vista como tentativa da legenda para salvar o mandato do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro: Ao assumir uma liderança na Casa, Eduardo, que está autoexilado nos Estados Unidos desde fevereiro, não precisará justificar suas ausências nas sessões. Assim, ele evita perder o mandato por excesso de faltas.
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Nos EUA, Eduardo é considerado figura-chave no tarifaço que o governo Donald Trump impôs ao Brasil, e está tentando articular sanções americanas contra autoridades brasileiras, notadamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O parlamentar chegou a pedir licença do mandato, mas o período de afastamento já expirou e, desde então, Eduardo coleciona ausências, o que poderia render a ele penalidades, incluindo a perda de mandato.
Segundo o regimento interno da Câmara, o líder da Minoria é indicado pelo maior partido de oposição. A indicação, porém, precisa ser oficializada pelo presidente da Casa.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que enviou um comunicado ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a mudança, mas até a postagem desta matéria, o deputado paraibano ainda não confirmou ter recebido a informação.
(*) Com informações de CNN Brasil e Metrópoles.