
Nesta quarta-feira (8/10), PP (Progressistas) e o União Brasil puniram André Fufuca, ministro do Esporte, e Celso Sabino, ministro do Turismo. Os ministros foram contra as orientações partidárias e decidiram permanecer na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No início de setembro, a federação partidária formada pelo União Brasil e pelo PP anunciou que filiados aos partidos deveriam deixar cargos no governo do presidente Lula. Entretanto, Fufuca e Sabino resistiram.
Diante da decisão, o PP anunciou o afastamento de Fufuca de todas as funções partidárias, incluindo a vice-presidência nacional e o comando do diretório estadual no Maranhão. A decisão, tomada pela Executiva Nacional, ocorre após o ministro ignorar o pedido do partido para deixar o governo. Embora não tenha sido expulso, Fufuca perde o controle sobre a estrutura partidária maranhense e o cargo de vice-presidente nacional.
Em nota oficial, o Progressistas informou que haverá intervenção no diretório do Maranhão, antes sob comando de Fufuca, e reafirmou que a sigla não integra nem apoiará o governo Lula. O presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), enfatizou que o PP “não nutre qualquer identificação ideológica ou programática” com a atual gestão. Apesar das sanções internas, Fufuca continuará no cargo de ministro e poderá, futuramente, disputar as eleições de 2026, seja pelo PP ou por outra legenda.
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Situação semelhante ocorreu no União Brasil, que decidiu suspender o ministro do Turismo, Celso Sabino, por 60 dias de todas as atividades partidárias. A medida cautelar foi aprovada também nesta quarta-feira (8) e inclui seu afastamento da presidência do diretório estadual do Pará. O partido determinou ainda uma intervenção imediata nos diretórios municipais do estado, com a indicação de novos nomes para os cargos em até 20 dias.
Segundo nota divulgada pelo União Brasil, a sigla reafirma “o compromisso com a transparência de suas decisões e o respeito à vontade de seus filiados, atuando com responsabilidade para preservar a coerência com seus princípios e valores”.
O processo de expulsão de Sabino também foi iniciado e será analisado nos próximos 60 dias.