Home Destaque “Sem reforma da previdência, em 10 anos Manaus não terá dinheiro para pagar salários”, diz David Almeida

“Sem reforma da previdência, em 10 anos Manaus não terá dinheiro para pagar salários”, diz David Almeida

0
“Sem reforma da previdência, em 10 anos Manaus não terá dinheiro para pagar salários”, diz David Almeida
Foto: João Viana / Semcom.

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), reiterou nesta quinta-feira (25/9) a defesa da reforma da previdência municipal e alertou para os riscos ao equilíbrio das contas públicas.

“Indo à previdência, daqui a 8, 10 anos não vai ter dinheiro para pagar o salário de quem está trabalhando hoje. E as pessoas que estão fazendo o movimento para que essa reforma não seja feita, estão prejudicando a si mesmas. Portanto, é através do equilíbrio, do diálogo e das conversas que nós vamos chegar a um denominador comum”, afirmou o prefeito.

A declaração aconteceu depois do 11º Encontro Nacional da Rede Brasileira de Institutos de Planejamento (InREDE), no mirante Lúcia Almeida, no Centro. Segundo o prefeito, os números mostram um cenário preocupante.

“No passado, 8 pessoas trabalhavam para pagar o salário de 2 aposentados. Hoje já são 5 trabalhando para sustentar 5 aposentados. Daqui a 10 anos, serão 7 aposentados para cada 3 na ativa. Essa conta não fecha”, destacou.

Ele reforçou que quem já está aposentado tem o salário garantido, mas a preocupação é com o futuro.

“Eu poderia até lavar as minhas mãos com relação a esse assunto, porque não vai estourar na minha gestão. Sai em 2028. Mas a partir de 2030, o próximo prefeito e as pessoas que estão trabalhando hoje precisam estar atentas, porque, segundo o Fundo Financeiro, não haverá recurso suficiente. Essa é uma conta que não fecha”, frisou.

O prefeito explicou que a contribuição atual de 14% é insuficiente diante do aumento da expectativa de vida e do envelhecimento da população.

“A pessoa contribui por 25 anos e depois passa 25 a 30 anos recebendo 100%. A pirâmide geracional mudou de base. É preciso esclarecer, discutir racionalmente e mostrar a necessidade dessa reforma. As pessoas que hoje estão fazendo esse movimento contra, podem estar atentando contra o seu próprio futuro”, concluiu.

Acompanhe:


Saiba mais: 

CMM envia representante para congresso mundial de medicina veterinária no RJ

Amazonas pode ter Dia Estadual da Escola Bíblica Dominical em setembro


Manifestação e indicativo de greve

Nesta semana, professores da rede municipal de ensino se mobilizaram contra o Projeto de Lei (PL) da Reforma da Previdência Municipal. O protesto surgiu como uma “pressão” para que o Executivo municipal e os vereadores da Câmara Municipal a arquivarem o texto.

A categoria cobra dos vereadores a rejeição da proposta encaminhada pelo prefeito David Almeida (Avante), que amplia em até sete anos o tempo necessário para a aposentadoria dos profissionais da Educação.

Paralelamente, o Sindicato de Professores e Pedagogos de Manaus, anunciou um ‘indicativo de greve’ datado para quarta-feira (24/9), nos três turnos de aulas da rede municipal de ensino em forma de protesto contra a reforma da previdência (Manausprev).