O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso ao tentar usar documentos falsos durante uma tentativa de embarque para El Salvador. A prisão ocorreu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, após agentes de imigração do Paraguai identificarem irregularidades no passaporte e no documento de identidade apresentados por ele.
Segundo a polícia paraguaia, Vasques utilizava documentos em nome de “Julio Eduardo”. Durante a verificação, os agentes constataram que dados como numeração e impressões digitais não correspondiam ao passageiro. Após a abordagem, ele admitiu que os documentos não eram seus.
De acordo com as autoridades, Silvinei Vasques estava em Santa Catarina quando rompeu a tornozeleira eletrônica imposta pela Justiça brasileira. Assim que a violação foi detectada, países vizinhos, como Paraguai, Argentina e Colômbia, foram comunicados sobre a possibilidade de fuga.
A expectativa é que Vasques seja expulso do Paraguai e devolvido ao Brasil pela Ponte da Amizade, que liga Ciudad del Este a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Até o momento, a polícia não informou data, horário ou detalhes do procedimento de retorno.
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Silvinei Vasques foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e seis meses de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a decisão, ele integrou o chamado “núcleo 2” da organização criminosa, com atuação voltada ao monitoramento de autoridades e à restrição do deslocamento de eleitores, especialmente no Nordeste, durante o segundo turno do pleito, por meio de operações da PRF.

Antes disso, Vasques já havia sido condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por uso político da estrutura da PRF durante a campanha eleitoral de 2022. A ação, movida pelo Ministério Público Federal, apontou o uso indevido de símbolos, recursos e da visibilidade institucional da corporação para favorecer a candidatura do então presidente Jair Bolsonaro, resultando em multa superior a R$ 500 mil e outras sanções cíveis.
Silvinei Vasques chegou a ser preso em 2023, mas obteve liberdade posteriormente mediante o cumprimento de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
*Com informações do G1.