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União Brasil e Progressistas entram com pedido no TSE para criar superfederação partidária

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União Brasil e Progressistas entram com pedido no TSE para criar superfederação partidária
(Foto: reprodução)

Os partidos União Brasil e Progressistas (PP) protocolaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (4/12), o pedido formal para criar uma federação partidária. Para que o grupo participe das eleições de 2026 como uma única sigla, a Corte precisa validar o arranjo até seis meses antes do pleito, que acontece no dia 4 de outubro. A análise ficará sob relatoria da ministra Estela Aranha.

O modelo de federação obriga as legendas a atuar conjuntamente por pelo menos quatro anos, com alinhamento nas estratégias eleitorais e definição unificada das candidaturas. Batizada de União Progressista, a proposta foi aprovada internamente em agosto, mas divergências regionais retardaram o envio da solicitação ao TSE.

Se confirmada, a nova federação reunirá a maior estrutura partidária do país, com a principal bancada na Câmara dos Deputados, o maior número de prefeitos e a fatia mais robusta dos fundos públicos destinados a campanhas e às atividades partidárias. Líderes das duas legendas indicam que o grupo deverá manter postura crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com discurso voltado à “responsabilidade fiscal e social”, segundo o manifesto de lançamento.

Tanto o presidente do PP, Ciro Nogueira, quanto o dirigente do União Brasil, Antonio Rueda, defendem a construção de uma candidatura de centro-direita para o Planalto em 2026. O União já lançou como pré-candidato o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, enquanto Nogueira articula apoio ao nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo.


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Nos últimos meses, as duas siglas têm se afastado do governo federal. O ministro do Turismo, Celso Sabino (União), pode ser expulso do partido, e André Fufuca (PP), titular do Esporte, foi afastado da direção da legenda.

Pelo estatuto da federação, as indicações para presidente e vice serão definidas pela direção nacional, com sugestões apresentadas por cada partido. Decisões sobre eventuais alianças também serão tomadas pelo comando da União Progressista.

A movimentação entre PP e União é acompanhada por outras siglas, que avaliam o impacto do novo bloco na disputa de 2026. A chamada “superfederação” terá direito à maior parcela do fundo eleitoral entre os 29 partidos registrados no TSE. Com base nos valores pagos em 2024, a união das duas siglas poderia alcançar quase R$ 1 bilhão em recursos públicos.

Números da União Progressista

  • 108 deputados federais, formando a maior bancada da Câmara
  • 12 senadores, terceira maior representação no Senado
  • 335 prefeitos, ultrapassando o PSD
  • Sete governadores, maior número entre os partidos
  • R$ 953,8 milhões do fundo eleitoral (2024)
  • R$ 197,6 milhões do fundo partidário (2024)

*Com informações da Agência Brasil.