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Porão do Alemão mostra medidas de segurança contra falsificação de bebidas

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Porão do Alemão mostra medidas de segurança contra falsificação de bebidas
(Foto: reprodução)

Embora não exista nenhum caso suspeito de bebidas destiladas contaminadas por metanol no Amazonas, o aumento dos casos e o número de óbitos já divulgados pelo Ministério da Saúde deixaram os manauaras em alerta na última semana.

Com o temor de consumir uma bebida falsificada sem saber, diversos bares de Manaus se posicionaram por meio de notas nas redes sociais, com o objetivo de tranquilizar seus frequentadores.

Um desses estabelecimentos foi o Porão do Alemão, que está em atividade há 27 anos e publicou um vídeo explicando o assunto de forma detalhada.

No vídeo publicado em 30 de setembro, a proprietária do bar, Juliana Lauschner, mostrou a pasta com as notas fiscais referentes à compra de bebidas, comprovando que todos os destilados do estabelecimento são adquiridos de fornecedores oficiais. Em seguida, o bar exibiu como é feito o descarte das garrafas ao final da noite.

 

O fundador do bar, William Alemão, conversou com a equipe da Rede Onda Digital e contou que começou a quebrar as garrafas após perceber uma movimentação estranha em relação ao descarte das mesmas.

“Isso nasceu faz muito tempo, tem mais de 15 anos, desde que nós começamos a acompanhar um movimento do pessoal da limpeza, e vinha sempre um grupo buscar garrafas vazias, e sempre escolhendo as garrafas de uísque, as garrafas de vodka, de tequila, as melhores garrafas para serem lavadas”, conta Alemão.

Segundo o vídeo divulgado pelo bar no Instagram, as garrafas são destruídas com o uso de martelo e luvas de proteção, garantindo segurança durante o descarte. “A gente começou a dar ordem de terminar de usar a garrafa, secou, é feita a contabilidade e ela é quebrada, para justamente evitar qualquer tipo de falsificação”, conta Alemão.

Na mesma conversa, o fundador do Porão do Alemão nos contou o que acontece com as garrafas quebradas.

“Depois de quebradas essas garrafas, elas vão para uma empresa, e essa empresa aproveita esses cacos de vidro, tanto de garrafa de destilado quanto de long neck, para fazer alguns materiais, inclusive, eles trabalham hoje com um rejunte de vidro que é usado na construção civil”, esclareceu.


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Desde o agravamento da crise, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) vem promovendo treinamentos com estabelecimentos associados e não associados para ajudar na identificação de possíveis bebidas falsificadas. O conselheiro da entidade, Rodrigo Zamperlini, explicou alguns dos sinais que podem indicar a falsificação de uma bebida.

“Bebidas com preços muito baixos, rótulos que estão tortos ou com impressão inadequada. Todos esses sinais podem ser indicativos de adulteração”, explicou.

O conselheiro também expressou profundo preocupação com o aumento dos casos de contaminação por metanol em bebidas adulteradas e reforçou a importância de redobrar a atenção na compra e consumo desses produtos.

“Pedimos a toda a sociedade que, claro, mantenha a sua atenção, mas que também não deixe de frequentar os estabelecimentos em que ela deposita a sua confiança. E mais importante ainda, que esses estabelecimentos mostrem realmente o seu comprometimento com a ética”, concluiu Zamperlini.