A “Carta da Aliança dos Povos Guardiões da Amazônia” foi entregue nesta terça-feira (11/11) ao presidente-designado da COP 30, André Corrêa do Lago. A entrega foi realizada amazônida e superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Valcleia Lima, no início da tarde.
O documento é resultado da expedição “Banzeiro da Esperança”, que reuniu lideranças indígenas, quilombolas, ribeirinhas e representantes de comunidades tradicionais em uma jornada fluvial entre Manaus (AM) e Belém (PA). Durante o percurso, os participantes discutiram prioridades e construíram propostas para fortalecer a presença da Amazônia nos debates globais sobre a crise climática.
A carta reivindica o reconhecimento das populações que vivem na floresta como protagonistas na formulação de políticas climáticas, defendendo a proteção dos territórios, a valorização dos saberes ancestrais e condições dignas de permanência nas comunidades.
Leia mais:
Protesto de líder indígena interrompe evento com Helder Barbalho no primeiro dia da COP30 em Belém
Wilson Lima destaca ações ambientais do Amazonas em painel na COP30
Ao receber o documento, André Corrêa do Lago ressaltou que o gesto simboliza o propósito de sediar a COP 30 na região amazônica. Ele também destacou que a preservação da floresta e a busca por justiça climática dependem diretamente da valorização e da permanência dessas populações tradicionais.
“Essas comunidades pedem a conservação da floresta e do patrimônio natural. Isso está totalmente alinhado ao que deve ser discutido na COP 30. A floresta é um aliado no combate às mudanças climáticas, e nós temos muito a aprender com quem vive na Amazônia”, afirmou.
Para Valcleia Lima, o momento foi marcado pela emoção e pelo simbolismo, após o intenso processo de escuta e mobilização das comunidades amazônicas que contribuíram para a redação da carta.
*Com informações do G1