
O estado do Amazonas abriga uma parcela expressiva das áreas protegidas na Amazônia brasileira, contribuindo de forma decisiva para a preservação da floresta, das comunidades tradicionais e da biodiversidade. Segundo levantamento recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a rede de Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Territórios Quilombolas da região representava, em 2025, uma área total de 2.336.499 km² — o que equivale a 46,6% da Amazônia Legal.
O peso do Amazonas nesse contexto
De acordo com dados compilados por instituições de conservação, o estado do Amazonas concentra a maior extensão territorial de áreas protegidas da Amazônia. Juntas, essas áreas no estado somam 798.808 km², incluindo Unidades de Conservação e Terras Indígenas.
No estado, essas áreas protegidas desempenham múltiplas funções — da conservação da natureza à garantia de direitos territoriais de povos tradicionais, passando pela proteção de ecossistemas essenciais à biodiversidade mundial.
População que vive nas áreas protegidas no Amazonas
Levantamentos recentes mostram que cerca de 261.816 pessoas vivem em Unidades de Conservação no Amazonas. Esse número evidencia que as áreas protegidas não são espaços vazios, mas territórios vivos, com comunidades tradicionais e populações que dependem da gestão desses territórios para prosperar com sustentabilidade.
O dado demonstra a relevância social das UCs: garantir a proteção dessas áreas significa também assegurar condições de vida digna e a manutenção cultural das populações residentes.
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Biodiversidade e conservação: um papel estratégico
Além dos aspectos humanos e sociais, a extensão das áreas protegidas no Amazonas revela seu papel central para a preservação da biodiversidade. Unidades como aquelas sob proteção integral ou uso sustentável garantem a sobrevivência de espécies emblemáticas da fauna e flora amazônicas, e contribuem para a regulação climática global — dada a grande cobertura florestal que retém carbono e mantém ciclos naturais de água e clima.
Por exemplo, mosaicos de conservação e amplas reservas garantem corredores para fauna, habitats para espécies ameaçadas e refúgio contra desmatamento e exploração ilegal.
Desafios e o futuro da conservação
Apesar dos bons índices de área protegida, especialistas alertam para desafios persistentes: garantir a efetividade da proteção, evitar sobreposição de usos, assegurar infraestrutura de fiscalização e apoio às comunidades tradicionais, e lidar com pressões externas como desmatamento ilegal, garimpo, grilagem e expansão de atividades econômicas.
A conservação eficaz depende não apenas da demarcação, mas da gestão participativa, do respeito aos direitos territoriais e da implementação de políticas públicas que articulem preservação ambiental com desenvolvimento sustentável.