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Débora Bloch e outros famosos reagem à megaoperação no Rio que deixou 132 mortos

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Débora Bloch e outros famosos reagem à megaoperação no Rio que deixou 132 mortos
Foto: Reprodução

A megaoperação policial realizada nesta segunda-feira (28/10) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 132 pessoas, segundo a Defensoria, provocou forte repercussão nas redes sociais. Diversos famosos criticaram a ação.

Débora Bloch

A atriz Débora Bloch, que recentemente viveu “Odete Roitchman” na novela ‘Vale Tudo’ publicou um vídeo da deputada federal Benedita da Silva (PT) e fez duras críticas à operação.

“A maior chacina do estado do Rio de Janeiro não é política de segurança, é política de extermínio”, afirmou a artista.

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Agatha Sá

A namorada do cantor Felipe Ret, Aghata Sá, publicou um vídeo nas redes sociais, comentou que durante a megaoperação, ela estava em um salão de beleza próximo às comunidades.

“Tô morando ha dois anos e meio no RJ e é a primeira vez que eu tenho a sensação de que o mndo tá acabando”, disse ela. “Justo no dia que eu vim pra Barra da Tijuca, sendo que eu moro na Zona Sul”, explicou ela.

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Rachel Sheherazade

A jornalista e ex-fazenda Rachel Sheherazade também se manifestou, descrevendo a ação policial como “desastrosa” e “sangrenta”, e afirmando que configurou uma “execução sumária” de moradores de comunidades periféricas.

“A polícia entrou para cumprir 100 mandados de prisão, não para cometer 60 execuções”, disse ela, destacando que a morte dos suspeitos não pode ser encarada como algo automático.

Foto: Reprodução

Sheherazade criticou ainda a comemoração de parte da população diante do número de mortos.

“Essas pessoas não têm nome, não têm rosto, e principalmente, não têm dinheiro. São favelados, pretos, pardos, desafortunados. Morrendo muitos, ainda assim, não farão falta. Assim pensam alguns”, declarou.


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Itamar Vieira

O escritor Itamar Vieira Junior, autor de “Torto Arado”, questionou o silêncio diante do número de mortos.

“Alguém consegue dormir tranquilo depois do banho de sangue promovido pelo governador do Rio de Janeiro? Até quando vamos normalizar essa carnificina?”, escreveu.

Sobre os mortos 

Dezenas de corpos foram levados por moradores do Complexo da Penha para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, durante a madrugada desta quarta-feira (29/10), após uma megaoperação policial contra lideranças da facção criminosa Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro.

A ação é considerada a mais letal da história do estado, com 60 suspeitos mortos, na Penha e no Alemão. Quatro policiais também morreram.

De acordo com o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, os corpos levados à praça não haviam sido contabilizados no balanço oficial e que haverá uma perícia para confirmar se há relação entre essas mortes e a operação.

De acordo com o G1, ainda na manhã desta quarta, os corpos estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia. Os moradores afirmaram que ainda há muitos mortos no alto do morro.

Os mortos foram enfileirados para facilitar a identificação pelos familiares. Os reconhecimentos oficiais ocorrerão no prédio do Detran localizado ao lado do Instituto Médico-Legal (IML).