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Indústria quer prioridade para rodovias, hidrovia, portos e infovias no Amazonas

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Indústria quer prioridade para rodovias, hidrovia, portos e infovias no Amazonas
Foto: Orlando K Júnior

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta quarta-feira (15/10), o resultado de uma pesquisa que mostra a opinião dos empresários da indústria do Amazonas e lista 11 obras e programas que devem receber atenção prioritária do Governo Federal e assim impulsionar o segmento.

O estudo “Panorama da Infraestrutura – Região Norte”, sugere dentre as prioridades que interessam ao segmento industrial no Amazonas a recuperação e asfaltamento do trecho do meio da rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho), com o avanço do processo de licenciamento ambiental; hoje travado em uma briga entre o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT).

Outra obra de infraestrutura prioritária para os industriais do Amazonas é a recuperação de trechos da BR-174 (Manaus-Boa Vista) e a concessão da Hidrovia do Madeira, sobretudo como forma de viabilizar as obras necessárias de dragagem, sinalização, batimetria e derrocagem.

Veja as 11 prioridades dos industriais do Amazonas:

  1. BR-319: avançar com o processo de licenciamento ambiental da rodovia que liga Manaus a Porto Velho, como forma de garantir condições adequadas de transporte;
  2. BR-174/AM: garantir a recuperação da rodovia em trechos específicos, com problemas no asfaltamento e pontes, e assegurar a duplicação em pontos de maior tráfego;
  3. BR-317/AM: iniciar as obras de manutenção e asfaltamento da rodovia (Lábrea até Boca do Acre e conexão com a AC-040, que vai até o Peru), com a devida delimitação de reservas e zoneamento de seu entorno;
  4. Hidrovia do Madeira: avançar com o processo de concessão da Hidrovia do Madeira, sobretudo como forma de viabilizar as obras necessárias de dragagem, sinalização, batimetria e derrocagem;
  5. Rio Amazonas: contratar estudo detalhado da dinâmica climatológica e de níveis dos rios da Amazônia para elaboração de projetos de baixo impacto ambiental e alta efetividade na operação de transportes do agronegócio pelo Norte do país e pela indústria do Polo Industrial de Manaus;
  6. Contenção de erosão fluvial (Tefé-AM e Tabatinga-AM): construir muro de contenção de erosão fluvial nos municípios de Tefé (AM) e de Tabatinga (AM), a fim de atender a gestão de riscos e resposta a desastres;
  7. IP4 da Manaus Moderna: garantir a construção da Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4) na Manaus Moderna, conectando Manaus ao interior do Amazonas;
  8. Terminal Manaus Moderna (AM): avançar no projeto de revitalização do Terminal Manaus Moderna (AM) com o intuito de modernizar a estrutura do Porto de Manaus, garantindo mais segurança e conforto ao usuário;
  9. Aeroportos AM: implementar voos regulares no estado do Amazonas, com valores acessíveis para os passageiros;
  10. Infovias: garantir a expansão da rede de fibra óptica, como a Infovia 05 – Autazes (AM) a Porto Velho (RO); Infovia 06 – Manacapuru (AM) a Rio Branco (AC); e a Infovia 08 – Fonte Boa (AM) a Cruzeiro do Sul (AC);
  11. Programa Norte Conectado: fortalecer o Programa Norte Conectado com o objetivo de acelerar o processo de expansão da infraestrutura de comunicações na Região Amazônica.

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Estudo completo sobre a indústria na Região

O estudo reúne informações sobre as áreas de transporte, energia e saneamento básico, bem como os gargalos e propostas para melhorias da infraestrutura nos sete estados do Norte. De acordo com o estudo, 74% dos empresários industriais consideram as condições de infraestrutura do Norte como regular, ruim ou péssima.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressalta que a Região Norte desempenha papel estratégico no desenvolvimento sustentável do Brasil, sobretudo por conta de suas riquezas em biodiversidade e recursos naturais. No entanto, o déficit de infraestrutura tem restringido esse protagonismo.

“As deficiências em rodovias, a baixa integração energética, os entraves no transporte hidroviário e as limitações no acesso a serviços essenciais impactam negativamente a qualidade de vida da população e elevam os custos logísticos, desestimulando os investimentos”, destaca Alban. “Fortalecer a infraestrutura da Região Norte, com respeito aos marcos legais e ambientais, é condição indispensável para a atração de investimentos e o crescimento do setor industrial”, acrescenta.