
“Se entrar na piscina depois de comer, vai passar mal”. Quantas vezes não ouvimos essa frase na infância, dita por nossas mães ou algum adulto responsável? Mas será que essa frase faz sentido ou é apenas um mito popular passado por gerações?
Em primeiro lugar, a ciência diz: Não há evidências científicas robustas que comprovem que pessoas saudáveis corram um risco grave e direto ao entrarem na piscina depois de comer.
Porém, é importante apontar que atividades físicas intensas na água durante a digestão podem causar desconfortos gastrointestinais, como náuseas, sensação de estômago pesado, refluxo e câimbras. Nesse caso, ocorre uma disputa interna no organismo pelo fluxo sanguíneo: enquanto o estômago e o intestino precisam de sangue para digerir o alimento, os músculos também passam a “exigir” uma reserva para se manterem ativos. Esse conflito é o causador dos incômodos.
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A digestão
Logo após a ingestão de alimentos, o organismo inicia um processo complexo para quebrar e absorver os nutrientes. Juntos, o estômago, o intestino, o fígado e o pâncreas trabalham, liberando enzimas e hormônios que regulam a digestão. Para esse processo, o corpo dispõe de um fluxo sanguíneo maior para o sistema gastrointestinal, priorizando a digestão dos alimentos. A redistribuição de sangue está por trás da sonolência que geralmente ocorre após o almoço ou jantares fartos.
O médico do esporte Felipe Cézar diz que entrar na piscina após comer não é proibido, mas é necessário estar atento aos sinais que o corpo dá. Ele afirma:
“O que precisamos é ter bom senso, ajustar a intensidade do exercício de acordo com a refeição feita e priorizar sempre a segurança”.
Como entrar na piscina com segurança após uma refeição:
- Antes de entrar na piscina, dê preferência a alimentos leves e que não demandem muita energia do sistema digestivo, como frutas e vegetais.
- Caso não seja possível, reduza a intensidade da atividade dentro da água.
- Sempre mantenha a hidratação em dia para reduzir o risco de câimbras.
- Ao sentir qualquer sinal de desconforto, saia da água e procure lugares para descansar.
- O cuidado deve ser redobrado com crianças, que não conseguem relatar o que estão sentindo com clareza.
*Com informações de Metrópoles