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Venezuelana María Corina Machado, opositora de Maduro, vence o Prêmio Nobel da Paz 2025

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Venezuelana María Corina Machado, opositora de Maduro, vence o Prêmio Nobel da Paz 2025
María Corina Machado, líder da oposição a Maduro na Venezuela (Foto: Jesus Vargas/Getty Images).

Líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado é a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2025: O anúncio foi feito pelo Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo, nesta sexta-feira (10/10).

A líder opositora venezuelana foi reconhecida “por seus esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela”.

Corina Machado é a 20ª mulher a vencer o Nobel da Paz. Ela vive escondida na Venezuela desde que contestou amplamente o resultado das eleições presidenciais ocorridas em julho de 2024, que deram a vitória ao presidente reeleito Nicolás Maduro. As eleições foram amplamente criticadas pela falta de transparência e até hoje o resultado não foi reconhecido por muitos países.

Corina Machado foi impedida de concorrer nesta eleição e apoiou o candidato de oposição, Edmundo González. O prêmio a ela totaliza 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões).

Após receber o anúncio do prêmio, ela ligou para González e se disse “Estou em choque […] O que é isso? Não consigo acreditar”. Veja abaixo:


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Entenda o caso: Líder da oposição na Venezuela

María Corina Machado é fundadora do movimento Súmate, criado há mais de 20 anos para fiscalizar eleições e promover o voto livre no país. Ela se tornou símbolo da resistência ao regime de Nicolás Maduro, enfrentando perseguições, bloqueio de candidatura e ameaças à própria vida — mas, mesmo assim, decidiu permanecer na Venezuela. Ela chegou a ser presa por um breve período, no ano passado.

Segundo o Comitê Norueguês, Machado foi laureada por representar “um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”.

A entidade lembrou que a Venezuela, antes considerada uma democracia estável, mergulhou em uma crise humanitária e econômica sob um regime “brutal e autoritário”. De acordo com o texto, o país enfrenta pobreza extrema, êxodo de mais de 8 milhões de pessoas e repressão sistemática à oposição, com fraudes eleitorais, prisões e censura à imprensa.

O comunicado do comitê afirma:

“A democracia é uma condição prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem”.

*Com informações de G1 e Metrópoles