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VÍDEO: Drones flagram 70 traficantes protegendo casa de Doca no RJ

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VÍDEO: Drones flagram 70 traficantes protegendo casa de Doca no RJ
(Foto: Divulgação)

Em depoimento sobre a megaoperação deflagrada contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, o delegado Moysés Santana Gomes relatou que traficantes montaram um forte esquema de proteção em torno da casa de Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como uma das principais lideranças da facção.

Segundo o delegado, imagens captadas por drones da polícia mostram cerca de 70 homens armados posicionados em frente à residência de Doca antes do início da ação. O material foi registrado por volta das 6h de terça-feira (28/10), pouco depois do começo da operação, iniciada em torno de 5h30.

“Doca é um traficante de enfrentamento, de confrontar as forças policiais. Então, a gente estava preparado para encontrar uma resistência muito grande e sabia que teríamos dificuldades. Até o início das incursões, nós já estávamos com monitoramento aéreo e sabíamos que havia um grupo grande de traficantes posicionado em frente à casa do Doca”, afirmou Moysés Santana.

As imagens mostram homens apontados como integrantes do Comando Vermelho se organizando de forma coordenada, circulando pela rua e se posicionando estrategicamente antes da chegada das forças de segurança.

A operação terminou como a mais letal da história do Rio de Janeiro. Ao todo, 121 pessoas morreram, entre elas quatro policiais. As forças de segurança afirmam que a ação teve como foco o enfrentamento a lideranças do crime organizado responsáveis por ataques, execuções e disputas territoriais em diferentes regiões da cidade.


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Quem é Doca

Edgar Alves de Andrade, o Doca, é apontado como principal liderança do Comando Vermelho no Complexo da Penha e em comunidades da zona oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento, áreas marcadas por conflitos entre facção e milícia.

Ele é investigado por mais de 100 assassinatos, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Seu nome aparece em mais de 329 investigações desde 2003, segundo informações da polícia.

Em outubro de 2023, Doca foi apontado como mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de um quarto profissional na Barra da Tijuca. As vítimas participavam de um congresso de medicina e teriam sido confundidas com milicianos de Rio das Pedras.

Mesmo com o cerco montado na megaoperação recente, Doca conseguiu escapar. Ele segue foragido, é considerado altamente perigoso e permanece na lista dos criminosos mais procurados do estado.

Com informações de Metrópoles