
O narcotraficante Alan Sérgio Martins Batista, conhecido como “Alan do Índio”, é apontado pela Polícia Federal (PF) como o chefe do Comando Vermelho no Amazonas e alvo principal da Operação Xeque-Mate, deflagrada nesta segunda-feira (6/10). Segundo as investigações, Alan recorreu a diversas cirurgias plásticas ao longo dos últimos anos para alterar a aparência e despistar as autoridades.
Apesar das tentativas de disfarce, a PF identificou o criminoso e prendeu três pessoas ligadas a ele, incluindo sua esposa, Cristina Nascimento. Durante as buscas, agentes apreenderam joias, relógios e outros artigos de luxo em uma residência localizada em um condomínio de alto padrão, em Manaus. No entanto, Alan continua foragido.
De acordo com a PF, o traficante utilizava documentos falsos e mantinha residência em uma comunidade no Rio de Janeiro, de onde coordenava as operações da facção. Ele também realizava viagens internacionais com identidades falsas.
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Índio já havia sido preso em 2017, suspeito de negociar armas com facções de outros estados. Após deixar a prisão, passou a investir em procedimentos estéticos para não ser reconhecido. O superintendente da PF no Amazonas, João Paulo Garrido Pimentel, destacou que o líder criminoso mantinha padrão de vida luxuoso e movimentava recursos do tráfico por meio de criptoativos.
A Operação Xeque-Mate tem como objetivo desarticular o núcleo do Comando Vermelho no Amazonas, que realizava lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada e de uma fintech apelidada de “Carto”. Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, e determinado o bloqueio de bens avaliados em R$ 122 milhões. Segundo a PF, as investigações começaram após a apreensão de mais de duas toneladas de drogas em uma embarcação no interior do Amazonas, carga que pertenceria ao próprio Alan.