Após cirurgia neste feriado de Natal (25/12), a equipe médica que trata do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que ele deverá passar por um novo procedimento para tratar as crises de soluços persistentes que o afetam. Se trata de um bloqueio anestésico do nervo frênico, localizado na região da coluna cervical e que se estende até o diafragma.
Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para corrigir uma hérnia inguinal bilateral, que segundo a equipe médica, ocorreu dentro do previsto e sem intercorrências. O procedimento começou por volta das 9h30 e durou cerca de quatro horas.
Na segunda (29), será feita nova avaliação no paciente, que servirá de base para decidir sobre a necessidade, e quando será feita a nova intervenção.
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O bloqueio anestésico do nervo frênico é considerado invasivo pela equipe que cuida de Bolsonaro, mas é um procedimento visto como seguro.
Segundo o cirurgião geral Claudio Birolini, um dos responsáveis pelo tratamento, Bolsonaro pode ter o músculo do diafragma paralisado na nova intervenção.
“O procedimento pode ter complicações sobre as quais não temos controle, por exemplo, a paralisia do músculo do diafragma, com dificuldade de respiração”, afirmou.
Ainda de acordo com a equipe, Bolsonaro deve ficar internado entre cinco e sete dias para cuidados pós-operatórios. Esse tempo pode aumentar se a intervenção para soluços for, de fato, realizada na segunda-feira. A alta hospitalar dependerá da evolução clínica e da capacidade de o ex-presidente retomar os cuidados básicos, como tomar banho e realizar o autocuidado. Segudo os médicos, ainda é cedo para falar em data de retorno dele à Superintendência da PF.
*Com informações de CNN Brasil