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Combate ao feminicídio e violência contra mulheres será prioridade do Governo Federal em 2026

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Combate ao feminicídio e violência contra mulheres será prioridade do Governo Federal em 2026
São Paulo (SP) - Ato no Masp em homenagem a Julieta Hernández e contra o feminicídio. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou, neste sábado (28), que vai liderar pessoalmente uma campanha contra o feminicídio e a violência contra as mulheres, garantindo que o tema será prioridade do Governo Federal ao longo do último ano do atual mandato dele no Palácio do Planalto.

“Vou liderar um grande esforço nacional envolvendo ministérios, instituições e toda a sociedade brasileira. Nós que somos homens devemos fazer um compromisso de alma. Em nome de tudo que é mais sagrado, seja um aliado”, disse o presidente.

A preocupação do presidente é pertinente, pois dados recentes do Mapa Nacional da Violência de Gênero, elaborados pelo Senado Federal, apontam que 718 feminicídios ocorreram no país apenas no primeiro semestre de 2025, o que corresponde a uma média de quatro mulheres mortas por dia por motivo de gênero. Além disso, foram contabilizados 33.999 estupros contra mulheres nesse mesmo período, uma média aproximada de 187 casos por dia em todo o território nacional.


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Números são alarmantes

Em 2024 foram 1.450 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, uma das maiores cifras desde que o crime foi tipificado no país. Para além dos casos letais, a violência estrutural se manifesta de diversas formas. Uma pesquisa nacional recente mostrou que quase metade das mulheres brasileiras (46%) relatam já terem sido tratadas sem respeito em diferentes ambientes — em casa, no trabalho ou nas ruas.

A violência sexual também figura como uma das formas de agressão mais comuns, especialmente entre meninas, segundo levantamentos divulgados em 2025. A alarmante sequência de casos tem impulsionado protestos e mobilizações em várias capitais brasileiras, com centenas de mulheres exigindo respostas mais efetivas do Estado para proteger vidas e punir agressores.

Em São Paulo, movimentos e manifestações ganharam destaque nas últimas semanas, com chamadas como “Stop Killing Us” ecoando nas ruas e nas redes sociais.