O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), comentou de forma bem-humorada e direta sobre suas relações políticas ao participar do programa Manhã de Notícias, da Rede Tiradentes, nesta quarta-feira (17/12). Questionado com a metáfora do envio de um panetone de Natal, o chefe do Executivo estadual expôs afinidades, divergências e respeito institucional com diferentes lideranças.
Perguntado se o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), receberia o presente simbólico, Wilson respondeu afirmativamente, destacando que a relação é tranquila. O mesmo tom foi adotado ao falar do vice-governador Tadeu de Souza (Avante), com quem disse manter uma convivência harmoniosa. Ao ser indagado se dividiria um jaraqui ticado com o vice, o governador reforçou suas origens no interior e afirmou não ter dificuldade com esse tipo de aproximação.
Sobre o senador Omar Aziz (PSD), Wilson Lima afirmou ter muito respeito, mesmo reconhecendo que ambos caminham em campos políticos diferentes. Segundo ele, a relação institucional foi importante para a aprovação de matérias relevantes para o estado, o que justificaria o envio do panetone.
O governador, no entanto, fez ressalvas ao falar do senador Eduardo Braga (MDB). Disse que há divergências políticas e lembrou episódios de ataques pessoais, afirmou que, apesar de reconhecer a importância do parlamentar para o Amazonas, não enviaria o presente.
Ao comentar o nome de Maria do Carmo (PL), Lima disse que ainda busca compreender melhor o posicionamento da empresária no cenário político, mas admitiu que talvez enviasse o panetone.
Na esfera nacional, Wilson Lima foi enfático ao falar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Disse considerar injusto e cruel o que ele estaria enfrentando e o classificou como o principal nome da direita no país, afirmando que, com certeza, enviaria o presente. A mesma resposta positiva foi dada ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a quem atribuiu serenidade em um momento de turbulência política, destacando a necessidade de pacificação nacional.
Já em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador afirmou ter respeito institucional, mas disse que não enviaria o panetone, evitando aprofundar a resposta.
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Leia a entrevista
Ronaldo Tiradentes: “O prefeito David Almeida vai receber um panetonezinho do senhor ou não?
Wilson Lima: “Sim, claro, com certeza”
Ronaldo Tiradentes: “Tadeu de Souza, o seu vice”
Wilson Lima: “Sim, sim tá tudo bem, tudo tranquilo”
Ronaldo Tiradentes: “O senhor comeria um jaraqui ticado também com o Tadeu?”
Wilson Lima: “Comeria, eu não tenho dificuldade com isso não, eu vim do interior”
Ronaldo Tiradentes: “Meu irmão Omar Aziz”
Wilson Lima: “Sim, claro, tenho muito respeito pelo senador apesar da gente caminhar por espectros diferentes da política, é alguém com quem a gente tem relações institucionais, foi importante na aprovação de algumas matérias e claro que sim”
Ronaldo Tiradentes: “Eduardo Braga”
Wilson Lima: “Não, aí não, a gente tem algumas divergências, tem algumas questões que eu não concordo, houve em alguns momentos que eu fui atacado pessoalmente e respeito ele enquanto senador. A posição que ele ocupa, tem uma relevância para o estado do Amazonas, mas não mandaria o panetone”.
Ronaldo Tiradentes: “Maria do Carmo”
Wilson Lima: “A gente está tentando entender ainda a Maria do Carmo, é um agente do processo político que se coloca aí à disposição, talvez eu mandaria o panetone”.
Ronaldo Tiradentes: “E o Jair Bolsonaro?”
Wilson Lima: “Oh, com certeza. O que o presidente Jair Bolsonaro tem passado é uma injustiça, é algo cruel que estão fazendo com ele nesse momento, é o principal nome, é o nome que mais representa a direita e com certeza mandaria sim”
Ronaldo Tiradentes: “O Lula vai receber um panetone do Amazonas, do governador?”
Wilson Lima: “É difícil responder, tenho respeito também pelo presidente Lula, mas não.
Ronaldo Tiradentes: “Flávio Bolsonaro?”
Wilson Lima: “Opa, claro, com certeza. O Bolsonaro tem mostrado, nesse momento de dificuldade, nesse momento de turbulência no país, Ronaldo, uma serenidade muito grande, e é disso que o país precisa, o país precisa de pacificação”.