A defesa de Jair Bolsonaro (PL) declarou, neste sábado (22/11), que a prisão do ex-presidente representa um risco à própria saúde, descrita pelos advogados como “delicada”. Eles também alegaram que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), causou “profunda perplexidade”.
Em nota, os defensores afirmam que a ordem de prisão preventiva foi decretada com base em uma convocação de vigília de apoiadores em oração ao ex-presidente e que isso é um direito garantido pela Constituição Federal.
“A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos, está calcada em uma vigília de orações”, diz trecho do texto.
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Estado de saúde
Bolsonaro enfrenta problemas de saúde desde a facada sofrida na campanha de 2018. Desde então, passou por sete cirurgias, enfrentou episódios repetidos de soluço e, mais recentemente, recebeu diagnóstico de câncer de pele, em setembro.
A prisão
O ex-presidente foi detido em casa, por volta das 6h deste sábado, em Brasília. A medida é preventiva, sem prazo definido para encerramento. Moraes justificou a decisão afirmando que a mobilização de apoiadores em frente ao condomínio onde Bolsonaro mora tinha o objetivo de impedir sua prisão. O ministro também apontou violação da tornozeleira eletrônica, o que, segundo ele, indica possível tentativa de fuga.