O Comando Geral de Greve do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical) chamou, neste domingo (16/11), uma vigília permanente, de amanhã (17) até quarta-feira (19), para que os profissionais da educação acompanhem a possível votação do projeto de Reforma Previdenciária da prefeitura de Manaus.
Os grevistas temem que o projeto seja colocado em votação em segundo turno a qualquer momento, como ocorreu há duas semana , e assim pegando a categoria desmobilizada. A vigília irá acontecer na Câmara Municipal de Manaus (CMM) tanto pela manhã quanto à tarde.
“O Comando Geral de Greve do Asprom-Sindical está convocando toda a categoria da Educação para ir lotar as galerias da Câmara de Vereadores e impedir que este projeto nefasto seja votado e aprovado. A concentração começa às 8h. Contamos com você que não quer morrer trabalhando e sem se aposentar! A luta continua!”, diz o comunicado dos grevistas.
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Só os professores estão mobilizados
Pelos cálculos da Asprom-Sindical, com as novas regras previstas no projeto de Reforma, os professores vão trabalhar mais e perder ainda mais o valor do benefício. “Hoje, teoricamente, nossa aposentadoria é integral, mas já perdemos uma série de benefícios como a regência de classe, vale-alimentação e outros. Isso tira uns 30% da renda de um aposentado. Com a reforma, vamos perder outros 30% e um professor que na ativa ganha R$ 4,5 mil, vai se aposentar com uma renda de R$ 2 mil”, exemplificou o diretor da Asprom, Lambert Melo
Apesar da Reforma da Previdência mexer com todos os 33 mil servidores da prefeitura, apenas os professores estão mobilizados para enfrentar o debate político na CMM.
Para tentar esvaziar o movimento, o prefeito David Almeida fez uma série de anúncios de benefícios pagos a categoria, como a aprovação de progressões de carreira, abono Fundeb e garantia de aposentadoria integral para quem já está na rede de ensino do município.