
O encontro entre o senador e pré-candidato à Presidência da República, Flávio Bolsonaro, e líderes dos partidos do Centrão, anunciado para este fim de semana, fracassou, após a ausência de diversos políticos de peso da ala conservadora da política nacional.
A pauta do encontro era a pré-candidatura de Flávio à Presidência da República e o “preço” que colocou para desistir da empreitada: a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e do pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão por liderar a trama golpista.
O filho mais velho de Bolsonaro convidou os presidentes Valdemar Costa Neto, do Partido Liberal (PL); Antonio Rueda, do União Brasil; Ciro Nogueira, do Progressistas (PP); e o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira. Exceto Valdemar, todos rejeitaram o convite, alegando compromissos de agenda, segundo apurou o portal Metrópoles.
Ciro Nogueira foi o primeiro a declinar, com a justificativa de que já tinha uma agenda marcada no Paraná. Mas ele deve procurar Flávio para uma conversa ao retornar a Brasília, na noite desta segunda.
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A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à presidência foi uma indicação de Jair Bolsonaro, anunciada pelo próprio senador na semana passada.
O anúncio movimentou a cena política e gerou reação entre líderes do Centrão e aliados da direita, que demonstraram preferência por nomes considerados mais competitivos, como o governador paulista Tarcísio de Freitas ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo mostra que apenas 8% veem Flávio como o nome ideal para representar o campo conservador em 2026.
O mercado financeiro também recebeu mal a pré-candidatura. O Ibovespa recuou quase 2% após o anúncio. Flávio classificou a reação como “natural” e afirmou que pretende apresentar uma imagem mais moderada e “pacificadora”.